Quem é essa mulher de olhos baixos lustrando os sapados daquele homem com um sorriso no rosto? Como é possível que ela esteja feliz de alguma forma? Suas lindas unhas vão se sujar com aquela graxa, seus joelhos vão ficar doloridos e ela ainda sorri? – Pensa quem passa e vê aquela cena inusitada que acontece na sala de uma casa, que é vista pelas janelas.
Quando acordou de manhã a mensagem era clara.
“Assim que acordar me avise, espero que não seja depois das 8 horas. Tome banho, vista o conjunto branco de lingerie que está na primeira gaveta do armário, o vestido verde com laço nas costas e sapatilhas. NÃO QUERO SABER DE SALTOS HOJE. Estarei aí pontualmente às 9:30 horas! Não se atrase a ficar pronta! Ass: SEU DONO”
O corpo estremeceu ao ler a mensagem, correu ver as horas e felizmente eram 7:45h. Um pequeno alívio tomou o corpo dela.
Ela levantou-se, banhou-se como devido.
Primeiro o rosto, depois os cabelos (com pouco condicionador); Pescoço e orelhas, massageou os seios em movimentos circulares de fora para dentro por exatas 16 vezes; Barriga, coxas, costas, nádegas e finalmente... com sabonete especial para a região genital, masturbou-se enquanto lavava sua parte íntima. Tudo exatamente como seu DONO a ensinara.
Saiu do banho e correu aprontar-se.
_Nossa, 8:20h. Preciso gozar mais rápido!
Seguiu à risca as ordens recebidas, cada palavra ressoava em sua mente com uma lista de afazeres, tarefas que deviam ser cumpridas com exatidão, se não...
_ Detesto esse vestido verde, ele me deixa gorda e de sapatos baixos ainda! Droga! – resmungava enquanto vestia o traje determinado.
Ao terminar, uma olhada no espelho para conferir os detalhes. Maquiagem leve nos olhos e lábios intensamente vermelhos, brincos longos e cabelos impecavelmente penteados mas soltos. Tudo pronto, eram agora 8:55h. Ela desceu as escadas com pressa pois sabia que exatamente às 9:00hs a campainha tocaria e assim foi.
Os olhos se arregalaram ao ver a sombra da figura que era tão ansiosamente esperada. Aproximou-se com delicadeza da porta, para não parecer estabanada, ELE não gostava; Segurou a maçaneta e girou abrindo a pronto com calma enquanto abaixava os olhos para o DONO, que adentraria a sala.
Seu coração estava disparado, ali parada enquanto Ele entrava fitando-a, não via, mas podia sentir o calor do olhar dele inspecionando a sua peça. Ela fecha a porta atrás dele, se vira e cai de joelhos.
Ele, altivo em pé, observa os movimentos daquele corpo que se curva ao seu domínio. Era ela, a sua menina, a posse de seu Senhor, a sua Submissa. A mulher que entregou ao homem sua alma, sua mente e seu corpo. Para servir, obedecer, seguir e amar. A Submissa de seu Dono.
Ele se abaixa, e com a mão em seu queixo, ergue a cabeça e olha nos olhos dela; que à essa altura brilham como dois sóis castanhos, fitando os dele com imensa ternura e até gratidão. Ele lhe beija os lábios com delicadeza enquanto a ergue pelos braços.
_Tão doce meu Dono – ela pensa...
Quando em movimento brusco ele a coloca sobre os ombros e joga no sofá, segura suas mãos para cima e diz: _ Hora da inspeção cadelinha!
Sem cerimônia, ele enfia a outra mão por baixo, afastando a calcinha e enfia dois dedos de uma só vez em sua vagina... são três estocadas com força. Retira os dedos, coloca na boca dela e pergunta: _Este gosto está bom para você? Pense no que vai responder, pois vou colocar minha boca aqui e se o gosto não me agradar saber que será castigada!
Ela lambeu os dedos dele enquanto a adrenalina rasgava suas veias, com medo da resposta que daria. Sem pensar muito ela respondeu que sim, o gosto estava bom. Ela sabia que se demorasse a responder ele ficaria zangado.
Ele franziu a testa, apertou os olhos como quem diz: “espero que esteja mesmo!” Soltou as mãos dela, agarrou as coxas abrindo-a por completo e degustou o que lhe pertencia como quem se delicia com uma ostra fresca. Estava de seu agrado, cheiro, paladar e textura...úmida!
Ela sentia que ia perder os sentidos a qualquer momento, as contrações vaginais estavam cada vez mais intensas. _ Ah meu Deus! Vou gozar! Foco! Foco! – ela pensava enquanto tentava controlar seu corpo.
Não era permitido gozar até que seu Dono ordenasse. Ela respirou fundo e tentou pensar em outra coisa. Foram alguns minutos que pareciam uma eternidade, a vontade de liberar seu prazer naqueles lábios sedentos, era quase que incontrolável, mas ela foi bem adestrada e sabia que agradaria seu Senhor se fosse uma boa menina.
Ele parou, ajeitou a calcinha e fechou suas pernas que estavam trêmulas. Olhou em seus olhos e disse: _Boa menina!
Ela agradeceu: _Obrigada meu Senhor!
_Bem agora vamos, estamos atrasados e você ainda tem que lustrar meus sapatos. - Eis a cena vista de fora da casa que tanto indignou as pessoas, mas a Submissa não se importava com o que iriam pensar dela, ela só devia satisfações à Ele e estava satisfeita em servir.
Importante lembrar que não lhe foi permitido gozar naquele momento, o desejo latejava no meio de suas pernas que se contraíam apertando a vagina. Ao terminar de lustrar os sapatos ele ordenou que pegasse suas coisas, pois iria leva-la ao trabalho.
Seu trabalho era muito perto de casa, ela poderia ir à pé, mas ele não a deixava andar sozinha pelas ruas, odiava a ideia que qualquer pessoa, homem ou mulher, cobiçasse sua propriedade. Ela carregava as iniciais dele no pescoço em um pingente de gargantilha, era a sua marca, o registro de sua posse.
Na porta do escritório ainda dentro do carro ele orientou: _Não coma demais no almoço, pois terá indigestão e hoje à noite não quero você doente ou reclamando de nada, teremos uma sessão intensa, adquiri novos objetos e vamos testá-los.
Ela assentiu com a cabeça, em seguida ele a agarrou pelos cabelos trazendo sua boca para perto da dele dizendo _Comporte-se cadelinha, não quero perder tempo com castigos hoje. Ligo em duas horas para saber o que estará fazendo, atenda-me ao terceiro toque.
Beijaram-se indecentemente sem se importar com os passantes. Ela desceu do carro, e foi em direção a porta do prédio. Segundos depois o telefone dela toca e quando vê, era Ele. “Mas já!?” – Ela pensa enquanto conta os toques do telefone e atende ao terceiro, assim como foi doutrinada a fazer.
_Senhor?!
_Muito bem cadelinha minha, queria apenas testar se já aprendeu essa lição. Vá trabalhar e tenha um bom dia.
A Submissa desligou o telefone com um sorriso no rosto, achava graça da vigilância do Dono e ao mesmo tempo sentia imensa excitação em saber que era observada e testada o tempo todo, 24/7 como se costuma dizer.
Que horas acordar, o que vestir, com quem falar, onde ir, o que comer, como sentir prazer, tudo, absolutamente tudo pertencia à Ele. Ela escolheu assim, ser dele por inteiro.
Quem era essa submissa? Essa a alma de meu ser, ela mora aqui. Está pronta para ser arrancada de dentro de minha concha social, aquela que sociedade e as convenções me obrigaram a ter. Essa sou eu, reclusa dentro de mim, esperando ser desabrochada, por aquele que será o mestre de minha alma, o Senhor do meu corpo, o Dono do meu ser.
Morgana das fadas
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