Um novo estudo da Universidade do Northern Illinois, nos EUA, defende que este tipo de sexo cria um estado mental alterado. Uma sensação de consciência renovada que é benéfica para o organismo.
A prática de BDSM, sigla internacional usada para descrever relações sexuais que envolvam bondage, dominação, submissão, sadismo e masoquismo, influencia positivamente a mente. A revelação é feita por um novo estudo levado a cabo por investigadores da Universidade do Northern Illinois, nos Estados Unidos da América (EUA), divulgado na última edição do jornal Psychology of Consciousness: Theory, Research, and Practice.
O recurso a algemas, cordas, correntes e a gestos de violência de forma consentida transporta os praticantes para um estado de consciência (quase) transcendente. «[Deixa-nos com] a impressão que o resto do mundo desaparece e a pessoa passa a estar completamente focada no que está a fazer», assegura Brad Sagarin, professor do departamento de psicologia da instituição e um dos autores do estudo.
Para a investigação, tornada pública em setembro de 2016, os especialistas recrutaram sete casais que praticam regularmente BDSM. Dois mantinham uma relação de vários anos, dois faziam parte de relacionamentos poliamorosos, dois eram apenas amigos e um dos casais conheceu-se apenas no dia de arranque do projeto. A maior parte das sessões sexuais monitorizadas pelos cientistas da universidade durou mais de uma hora.
Antes e depois da atividade sexual, os investigadores mediram os níveis de cortisol e de testosterona dos participantes, além dos níveis de stresse dos casais. No fim das relações, a avaliação não deixou margem para dúvidas. Menos stresse, uma disposição melhorada e um nível de relaxamento e descontração maior. «O mindfulness melhora a perceção do corpo», considera também Lori Brotto, psicóloga e professora da Universidade de British Columbia.