Noite fria
Rastros na areia molhada
Tua vida alheia ao mundo..
Segue esquecida .. Apagada
Presa entre estranhos vultos
Que observam...Espreitam
Sussurram-te insultos
Teu olhar busca a saída
Num beco sombrio....
tua existência perdida
Entre parede alta e segura
Madrugada gelada, escura
Fez o caminho esquecer
Teu rumo se perder
No suplício de mortos
Teu sorriso apagado
Tua alma condenada
Presa entre demônios
Que brincam com lamento
Te levam ao caos....
Incessante tormento
Caído ao chão em pedra
Solidão perversa abraça
E nem sequer disfarça
Que teu sonho quebra
Desenhando soltas frases
Se perdem ao vento feroz
Teu inimigo, frio algoz...,
Tua lágrima cai em sangue
Vencida pela escuridão
Mão pálida sem proteção
Fecham teus olhos....
Precisam de uma direção
Um degrau alcançar
Um atalho para cruzar