O britânico Max Mosley, ex-presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), apanhado em 2008 em práticas sadomasoquistas, pretende que as imagens desses atos deixem de ser difundidas por parte de motores de procura na Internet. As imagens foram publicadas há quatro anos e foram divulgadas pelos jornais britânicos.
Mosley, de 72 anos, foi apanhado em 2008 por uma câmara escondida que mostrou uma orgia sadomasoquista com prostitutas vestidas de militares e prisioneiros. O «News of the Worl»d divulgou as imagens e o depoimento de uma das mulheres, que confirmou ter sido obrigada a usar roupas e acessórios nazis.
O ex-presidente da FIA negou que a orgia teve inspiração nazi, e chegou a ganhar uma ação na Justiça contra o «News of the World», que lhe pagou uma indemnização de 75 mil euros.
Agora, Max Mosley quer impedir que essas imagens continuem acessíveis nos motores de busca, nomeadamente no Google. Neste sentido, apresentou tanto em França como na Alemanha processos para que o conhecido motor de busca deixe de difundir as referidas imagens.
Max Mosley recorre ao Tribunal dos Direitos do Homem
A Google já considerou que o desejo do antigo presidente da FIA é uma “aberração jurídica, que atenta à liberdade fundamental de expressão e de informação na Internet”.
Os advogados de Mosley rebateram e disseram que a medida seria um precedente favorável “a todas as pessoas que não podem defender-se como ele”, e consideraram que a filtragem do conteúdo é “tecnicamente possível”.