Há séculos existem as práticas de BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo), e a curiosidade é o principal mote para a realização delas, aponta Federico Fichera, médico terapeuta sexual, membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH).
A experimentação, entretanto, necessita de cuidado e atenção, especialmente pela possibilidade de apresentar riscos à vida dos envolvidos. “Não são coisas que podem ser feitas por amadores, pois pode levar a uma tragédia. Nem que a outra pessoa peça, não pode ser feito”.
De acordo com Federico, há uma série de mitos em torno da prática: “Muita coisa é muito fruto de pornografia e que, na verdade, não existe”.
O limite das práticas varia de acordo com a intenção e o prazer de cada um dos envolvidos. “Muitos casais fazem, sempre no limite da brincadeira, mas, se o homem ou a mulher começar a fazer isso e quiser obrigar mais que o que a outra pessoa quer, isso é violentar”.
Um ponto importante derivado da prática de BDSM é a confiança, evidencia o médico. Uma vez em que há uma doação por completo, a realização satisfatória pode trazer um sentimento de liberdade. “Se houver uma certa cumplicidade boa entre o dominador e o servo, o receio vai, aos poucos, desaparecer. Você se entrega nas mãos daquela pessoa e sabe que algo ruim não vai acontecer”.