Ângela Bismarchi leu o livro "Cinquenta tons de cinza", de Erika L. James, e achou que poderia fazer melhor do que a escritora americana, que já vendeu 125 milhões de unidades em todo o mundo. Usando personagens clássicos da literatura ocidental, como Don Juan, o Rei Arthur e seu cavaleiro da Távola Redonda Lancelot e a Rainha Guinevère, ela escreveu um romance sadomasoquista ambientado na cidade do Rio de Janeiro dos dias atuais. "Queria que esses personagens se encontrassem no meu romance, que é muito melhor que o de Erika James. Meu romance é uma verdadeira explosão de luxúria e de desejos reprimidos", adianta ela, que lança o livro até o final deste mês.
Escravidão sexual, sadomasoquismo e fetiches são temas que estão no livro de Ângela. "Meus personagens têm essa questão sexual descontrolada. As coisas que eu relato no livro são muito mais fortes, são de escravidão sexual. Eu sou mais do lado do amor", compara ela, que fez pesquisas para escrever o romance. "Um pouco desse mundo eu já conhecia. O sadomasoquismo é um fetiche de mulheres do mundo inteiro, né? Eu não sou contra ganhar umas palmadinhas, usar algemas... Acho que apimenta", opina ela.
"Não fiz 50 cirurgias plásticas"
Ângela, que costumava ser notícia por ter feito mais de 50 plásticas, desmente. "Eu fiz apenas umas dez cirurgias, ninguém faz 50 plásticas, né? Teria é de nascer de novo", diz ela, com bom humor. "Meu verdadeiro recorde é ter me casado com dois cirurgiões plásticos, um morreu, me casei com outro", diverte-se ela, que é casada atualmente com o cirurgião Wagner de Morais. Na última plástica que fez, Ângela trocou as próteses de silicone de 500ml cada por outras de 350ml em cada seio. "Achei que não estavam harmoniosas com meu corpo. Farei outras cirurgias quando precisar."
"Sou romancista"
Ângela, que já é autora do livro de auto-ajuda "Os dez mandamentos do amor", prepara-se para escrever seu terceiro livro, que será continuação do segundo. "Eu sempre gostei de escrever. Meu pai escrevia, tocava piano, meu marido também gosta de ler, de escrever. Eu gosto de ler muito, gosto de cinema, sou muito ligada a essas coisas", diz ela.
A temática do livro também não é novidade para Ângela. "Sempre fui muito ligada a esses temas de erotismo e sensualidade. Aqui no Brasil não tem nenhuma romancista como eu que explore esse tema, a Etta James foi a primeira que tocou o mundo inteiro. Aqui no Brasil eu vou ser a primeira. A maioria dos artistas brasileiros está lançando biografias, eu sou romancista", diz ela.
"Dom Juan era gay"
Ângela promete causar polêmica com seu novo livro. Isso porque ela acredita que Dom Juan era gay. "Ele é um homem sedutor, atraente, por quem as mulheres se apaixonavam. Ele ficava com elas, mas depois as abandonava. Eu acho que ele era gay, pois era sedutor e não ficava com mulher nenhuma. Ele esta muito narcisista, então acho que ele tem uma tendência forte à homossexualidade. No meu livro ele usa várias coisas cor-de-rosa, como cintas-liga. Daí o nome do romance", explica Ângela, que começou a escrever o romance durante uma viagem a Veneza, na Itália.