Em edição especial de competição, podólatras são pisoteados antes de elegerem os pés mais desejados do país
No último domingo (18) houve uma decisão em São Paulo e não foi a semifinal do campeonato paulista de futebol, mas sim o Miss Feet 2010 – Edição Especial, competição organizada pelo clube fetichista Dominna, que elege os pés mais bonitos do Brasil. O concurso já acontece há sete anos, e terá sua edição oficial no dia 15 de setembro nas dependências do clube. Nesse domingo, a competição foi realizada em caráter especial, exclusivamente para a Erotika Fair.
O Evento
Nove jurados podólatras são os que têm poder de voto. Antes da eleição, eles se reúnem, ansiosos, na esperança de encontrarem pés dignos de serem coroados. Os fetichistas estão um pouco tristes, pois foram informados que nesta edição especial do Miss Feet não poderão tocar os pés, apenas olhar. Segundo eles, isso pode até comprometer a decisão, pois os critérios adotados são muitos: maciez da sola e da pele, simetria dos dedos, formato do pé e unha bem cuidada são alguns deles.
Especial Sexo e Sedução
Sérgio, 50, é o mais velho entre os jurados. Já frequenta eventos para podólatras desde 1997, e se orgulha: “Já beijei mais de dez mil pés ao longo da minha vida”. Ele e os outros fetichistas ressaltaram que o gosto por pés é algo que vem desde a infância. Ricky, 28, por exemplo, apelava para as familiares quando pequeno: “Com oito anos eu já beijava o pé da minha tia, com 13, eu parti para as primas.”
A decisão começa, e cada uma das oito concorrentes desfila no palco para os eleitores. São mulheres dos mais diferentes tipos, tamanhos e pés. Algumas, mais tímidas, seguem a regra à risca. Outras entram no clima, e claramente se divertem com a brincadeira, deixando que os homens toquem seus pés e até arrisquem alguns beijos tímidos, mas tudo é sempre muito respeitoso. Cada homem só vai até aonde lhes é permitido.
Após o desfile, em uma área com o chão macio, três podólatras se deitam e são pisados pelas competidoras. A excitação é evidente, os olhos arregalados e o suor na testa não deixam dúvidas. Elas pisoteiam seus corpos por inteiro, não deixando escapar nenhuma parte. Ricardo, 31, um dos felizardos, ainda ofegante confessa: “A sensação é inexplicável, é muito bom, a gente esquece até a dor”.
Com o fim do "Tramplin" (fetiche de fazer das pessoas tapetes) os jurados se reúnem e, rapidamente, chegam a um veredicto. A vencedora é a stripper Taty Oliveira, 21. Feliz com o prêmio e claramente emocionada com a vitória, a sorridente Taty vai à manicure toda semana para cuidar dos pés, mas confessa estar surpresa com o resultado: “Pelo meu pé ser grande, não imaginei que as pessoas fossem gostar, sou uma verdadeira sapatão”. Ela calça 39, o maior número do evento.
Entre sorrisos, ela admite ter sido seu primeiro contato com a podolatria: “É a primeira vez que faço algo do tipo”, e pelo jeito, não deve ser a última, “adorei (o fetiche) é sensacional, muito divertido. Quem sabe não começo a praticar fora daqui depois disso”.