O longa faz parte da primeira obra de Polanski com apenas dois personagens e todo passado dentro de um teatro.
Um dos cineastas mais polêmicos da sétima arte, Roman Polanski (O Bebê de Rosemary) enfim estreia no País seu último filme, A Pele de Vênus, após ser exibido no Festival de Cannes em 2013. Adaptação do premiado musical off-Broadway homônimo, de David Ives, que assina o roteiro do filme com o diretor, é a primeira obra de Polanski com apenas dois personagens e todo passado dentro de um teatro.
Na trama, Vanda (Emmanuelle Seigner, mulher de Polanski) chega atrasada para a audição de uma peça e se depara com o diretor, Thomas (Mathieu Amalric), indo embora. A obra é Venus in Fur, do austríaco Leopold Sacher-Masoch, que originou o termo “masoquismo”. No texto, um homem pede à mulher que ama para que faça dele seu escravo e o torture como quiser. Aos poucos, Vanda e Thomas passam a experimentar as perversões dos personagens.
No filme, Polanski nos faz refletir sobre os limites entre o que é real e o que é imaginário, além de escancarar a presença, por vezes imperceptível, do poder de sedução nas relações. Não é uma obra para todos os gostos, mas deve agradar em cheio os amantes de histórias que vão além do simples entretenimento.