Muitos dos comportamentos que observamos nas comunidades tem relação direta com vaidade, auto-estima, poder e exibicionismo. Não são raras entre as submissas, queixas de privilégios ou falta de atenção e cuidado do Dono, que vez por outra, as esquece. O texto abaixo ilustra um pouco do comportamento humano muito recorrente nas comunidades BDSM quando o assunto é harém:
A característica original e direta da cópula é, para o macho, um ato de penetração afirmativo e agressivo. Sob certas condições, pode funcionar, portanto, como um instrumento de Sexo de Status. Um macho pode copular com uma fêmea primariamente para elevar seu ego masculino. Em tais casos ele pode dizer que fez uma "conquista", como se estivesse lutando em combate em vez de copulando. E quando digo que ele diz isso, quero dizê-lo literalmente, porque vangloriar-se junto aos outros machos é uma parte importante da vitória do Sexo de Status. Se ele silenciar sobre o fato, sempre pode alimentar o seu ego privadamente, mas contar aos amigos proporciona-lhe uma elevação de status muito maior. Qualquer fêmea que descobrir isto pode estar razoavelmente certa do tipo de cópula de que participou. Os detalhes das cópulas de acasalamento são, pelo contrário, estritamente privados.
O macho que usa fêmeas para fins de Sexo de Status está mais preocupado de fato em exibi-las do que tudo mais. Pode até contentar-se em exibir para o seu grupo as fêmeas que dependem dele sem se preocupar em copular com elas. Desde que elas sejam claramente reconhecidas como suas subordinadas, isso muitas vezes será suficiente.
Os grandes serralhos mantidos pelos governantes de certas civilizações funcionam em grande parte como um instrumento de Sexo de Status. Estes não indicavam a existência de vínculos múltiplos. Freqüentemente emergia uma favorita do grupo de mulheres, com a qual se criava certo tipo de vinculação, mas o negócio do Sexo de Status veio dominar toda a cena. Havia uma equação simples : poder = número de mulheres no harém. Algumas vezes havia tantas que o governante não tinha nem tempo nem energia para copular com todas elas, mas como símbolo de virilidade tentava procriar tantos filhos quanto possível. O atual candidato a senhor de haréns tem de lidar em geral com uma longa série de mulheres, dominando-as uma de cada vez, ao invés de juntá-las a sua volta todas de uma só vez. Tem que confiar mais em sua reputação verbal do que na exibição visual maciça de potência sexual.