encontros

Aqui no Portal SENHOR VERDUGO, sempre que ocorrem encontros reais, eu os divulgo na área My Dark Life. Outro local para você encontrar praticantes é no Chat do UOL na área sadomasoquismo. Infelizmente por lá existem muitos curiosos que apenas tumultuam o ambiente, mas se você for paciente, é possível encontrar pessoas interessantes.

Ainda no Portal, você pode pesquisar a área de CLASSIFICADOS, é um local onde as pessoas se cadastram e fornecem e-mail para contato.

Segue abaixo um texto muito elucidativo sobre os cuidados que você deve ter antes de se aventurar no universo sadomasoquista.


LEIA COM MUITA ATENÇÃO:

As relações pessoais são cercadas de sutilezas, por entre as quais a sensibilidade encontra sempre um maior espaço para o exercício do humano. Nas relações BDSM não é diferente.As perguntas abaixo, juntamente com suas respectivas respostas, tentam desenhar um mapa seguro para o estabelecimento dessas relações.
1. Com quem irei praticar? Quem é esta pessoa?
O princípio de uma relação dentro do BDSM é o mesmo que em qualquer outro tipo de relação: conhecer o outro.
Você pode conhecer alguém em uma reunião social com adeptos ou simpatizantes SM, em uma festa, num grupo... Mas nada disso "avaliza" uma pessoa. As pessoas não vêem com nenhuma espécie de "painel" onde apresentam um "detector" de caráter, um "medidor" de intenções, um "localizador" de objetivos ou, ainda, um "indicador" de equilíbrio mental.
Você pode pensar: "Mas em determinado grupo sei que encontrarei pessoas sérias e comprometidas...". Este é um erro recorrente por parte dos novatos. Não caia nessa.
Um grupo renomado, um clube sério, ou uma comunidade reconhecida não são garantias. Ou seja, você não pode adotar, automaticamente, a postura de que lá encontrará pessoas confiáveis.
Nenhuma dessas organizações funciona como um filtro que, eventualmente, pudesse barrar a freqüência de pessoas indesejáveis.
Sendo assim, não há nenhum motivo para imaginarmos que qualquer tipo de organização que congregue, seja de maneira real ou virtual, pessoas com interesses comuns, como no BDSM, seja diferente de todo o resto do mundo, onde encontramos pessoas com uma grande variedade de valores, atitudes e objetivos.
Alguns incidentes no SM, em certos casos, inclusive, desastrosos, acontecem - inevitavelmente - quando as pessoas não têm o conhecimento suficientemente claro de quem é a outra pessoa com a qual estão se relacionando.
É sempre importante lembrar que antes de alguém ser um(a) bom(boa) Mestre(a) ou Submisso(a), ele(a) é um ser humano. E conhecer esse ser humano é de grande valia.
Portanto, valem a pena umas perguntinhas, do tipo:
- Qual é a história desta pessoa dentro do SM?- Qual a experiência que ela tem?
- Qual a visão que o restante do grupo tem dela?
E mais:
- Quem é esta pessoa em todos os aspectos? Como ela pensa? Quais suas opiniões sobre os mais diferentes assuntos?
- Ele(a) é uma pessoa confiável?
- É um bom ser humano?
Conheci o caso de uma submissa que, entusiasmada com uma sala de chat, por exemplo, estabeleceu contato com um dominador. Depois de algumas conversas, sabendo que ele freqüentava reuniões de um determinado grupo SM, resolveu sair do virtual para uma sessão real. O resultado é que esta sessão aconteceu completamente fora de suas expectativas e ela veio a sofrer práticas absolutamente não consensuais por parte de um sádico que aparentou ser um sério e respeitável dominador.
Não podemos, inocentemente, pressupor que, por estarmos batendo papos virtuais, trocando e-mails, ou mesmo freqüentando um determinado grupo, estamos em contato com pessoas que respeitam, por exemplo, a pedra fundamental do SM, que é o São, Seguro e Consensual.
É muito fácil uma pessoa se aproveitar da credibilidade de um grupo ou de novatos inexperientes, para colocar para fora seus conceitos equivocados ou seus impulsos violentos. Mesmo que durante os encontros de um grupo, sejam virtuais ou reais, essa pessoa pareça emitir opiniões sérias ou ter comportamento responsável, nem isso avaliza tal criatura. É quando estamos sozinhos com tal pessoa que percebemos o perigo que ela pode representar.
A comunidade SM, seja nacional ou internacional, vem se expandindo e com isso surge a necessidade de estarmos orientando a todos, principalmente para que os novatos conduzam suas relações BDSM de uma forma segura e consensual, a fim de que a sua forma de expressão do prazer sexual seja preservada de forma saudável.
E lembrem-se: SM e maltratos são tão opostos quanto relação sexual e estupro. Praticantes responsáveis e comprometidos na comunidade BDSM repudiam qualquer forma de atividade não consensual.
2. Então, como saber em quem confiar?
Como em todo o tipo de relacionamento, não existe outra forma de confiar a não ser conhecendo a outra pessoa. E isto implica em dedicar tempo.
Portanto, se você acredita que conhece o suficiente alguém depois de uma ou duas semanas de convívio, ou após uma série de trocas de e-mails, além de estar completamente enganado(a), está brincando com a própria sorte.
Caso tenha em mente um relacionamento duradouro, o que se pode recomendar são os mesmo hábitos que envolvem os de uma relação convencional. Ou seja, aquelas velhas e gostosas maneiras de investir seu tempo em descobrir o outro que, de alguma forma, despertou seu interesse: ir ao cinema, praia, teatro, shopping, jantar. Em suma, atividades sociais que qualquer pessoa interessada em uma amizade ou relacionamento faz no mundo inteiro.
Você precisará despender tempo no cotidiano da vida real. Apesar de hoje em dia ser possível se fazer inúmeras coisas virtualmente, conhecer os segredos da alma de outra pessoa continua sendo uma vantagem da relação olhos nos olhos, ação/reação, que só a vida real oferece.
Observe que a única diferença entre um relacionamento D/s e os outros relacionamentos interpessoais é o "tempero" SM.
Mesmo que sua opção seja uma companhia passageira, insisto na recomendação de que você faça todo o possível para saber com quem realmente você está saindo. Até uma mera conquista fica mais interessante quando temos o tempo a nosso favor.
Um bom tempo para você perceber o outro deve girar algo em torno de três meses, mas você descobrirá seu próprio tempo, seja um pouco mais ou um pouco menos.
Este tempo oferece a oportunidade de você ver o outro em uma série de circunstâncias. E se durante este tempo eu descubro que, por exemplo, fulano é dissimulado, tem conceitos ou opiniões muito divergentes de mim dentro do BDSM, ou que não fala a verdade sobre as coisas, é irresponsável ou direciona as coisas e elabora jogadas para alcançar exclusivamente seus "objetivos", ou qualquer outra característica que me desagrada, isto tornará essa pessoa um companheiro incompatível. Para mim, os encontros terminarão e eu não estarei comprometida, emocionalmente desgastada ou me arriscando à toa.
Pode parecer um processo lento, mas todas as recompensas serão provenientes deste processo de investimento de tempo. E quando se sentir pronto(a) para assumir um compromisso com um submisso ou dominador, um Mestre ou escravo, permanente, estará certo(a) que conhece realmente aquela pessoa. Saberá reagir às situações, terá sensibilidade para reconhecer e desenvolver códigos, compreender ou intuir melhor como a mente do seu parceiro funciona; e, com todos estes aspectos a relação só tende a crescer.
E por outro lado, um(a) submisso(a) terá bases firmes para depositar maiores doses de confiança em seu(sua) dominador(a) e menores chances de decepções.
Ao observar o outro, também estamos nos observando. É através do outro que descobrimos quem somos.
Veja um exemplo: se um(a) determinado(a) dominador(a) tem um comportamento em sua vida diária em que é capaz de demonstrar equilíbrio, sentir-se confortável nas diversas situações cotidianas e/ou que tem uma posição de domínio em seu mundo real, isso será altamente tranqüilizador para um(a) submisso(a), aumentará a confiança e a credibilidade nele. Por outro lado, se houver um(a) submisso(a) que esteja apenas procurando viver uma aventura, ou viver seus fetiches 24 horas por dia, logo perceberá que você não é o(a) dominador(a) que ele(a) procura.
Enumeramos algumas regrinhas simples e objetivas que não devem ser deixadas de lado:
- Tenha certeza de ter o telefone da casa e do trabalho do(a) parceiro(a);
- Certifique-se de ter pelo menos uma pessoa de sua confiança sabendo que você irá a um encontro;- Deixe que seu parceiro saiba que outras pessoas estão sabendo de seu relacionamento e/ou encontro;
- Se possível, evite que situações íntimas já se desenrolem no primeiro encontro.
3. Mas, manter meus relacionamentos em um círculo já limitado de amigos que praticam BDSM não será tedioso?
Não. Você poderá, em uma festa, por exemplo, relacionar-se com uma pessoa estranha. Para isto foi criada a "safeword", ou seja, a palavra de segurança: para limitar danos involuntários ao praticar jogos com um desconhecido.A questão não é se você pode ou não praticar com um desconhecido.
A pergunta é se você poderá fazer uma escolha sã para você mesmo(a).
Quanto de sua confiança estará depositando em alguém que você não sabe quem é? Você deve se prevenir no sentido de não depositar demasiada confiança, não ser arbitrário consigo mesmo, principalmente se você for do tipo cheio de "ideais românticos".
Partimos do princípio que você é uma pessoa adulta e que não existe nada de errado em experimentar o que seu coração manda. A vida é para ser vivida. E você tem todo o direito de aceitar e assumir sua sexualidade e ser muito feliz. O que dizemos é que você deve ser uma pessoa cautelosa, que deve se preocupar com sua segurança física e emocional e ficar "com um pé atrás" até ter boas razões - tais como repetidas experiências positivas com o(a) parceiro(a) - para entregar, ou assumir, o controle de um relação BDSM.
Responda-me você, agora: por que um(a) submisso(a) ou dominador(a) que está em um munch (encontro), wokshop, playpartie (festa SM) ou mesmo na internet (chat) deveria fazer um completo investimento físico e emocional em uma relação repentina? Baseado em quê?
Quer minha resposta? DESESPERO. E nada justifica isso. Mesmo compreendendo que todos nós temos ansiedade para obtermos experiência e conhecermos o(a) submisso(a)/dominador(a) de nossos sonhos.
Para algumas pessoas o impulso SM está reprimido ou se torna um desejo sublimado por muito tempo, mas o fato é o seguinte: NÃO HÁ ATALHOS NO BDSM.
Se você quiser um relacionamento com segurança e qualidade, você deve investir tempo e ter compromissos com você mesmo(a), para não queimar etapas, para não se expor, para não perder oportunidades por estar envolvido(a) com a coisa errada.
Nem todas as oportunidades são iguais. E, mesmo com todos esses cuidados, algumas experiências ainda podem causar algum desconforto emocional.
4- Então, como me proteger até realmente conhecer bem alguém?
Adote uma atitude simples: limite seus riscos. Você não pode sair dando "carta branca" para quem não dedicou tempo suficiente em conhecer.Conhecer alguém via Internet, por exemplo, não oferece a mínima garantia. São famosos os casos de composição de personagens virtuais que não sobreviveram um ínfimo instante no mundo real.
Só a convivência e as situações vivenciadas no mundo real trazem a grande possibilidade de se vislumbrar quem é outro.
Se você conhece uma pessoa numa festa SM, encontro, grupo ou qualquer outro meio (incluindo aqui a Internet) você deve estar apto(a) a usar sua sensibilidade e procurar outras pessoas, dentro ou fora do grupo, que conheçam e possam passar alguma referência sobre a pessoa na qual você está interessado(a). Não tenha receio em procurá-las.
Não pense que estará sendo mal educado(a) ou desrespeitando seu(sua) possível parceiro(a) fazendo tais "consultas". Saber se uma outra pessoa conhece um determinado praticante ou se já viu ele(a) em ação em uma cena, é uma busca de referências extremamente aceitável.
Observe a pessoa com quem você pretende partir para a prática.
Observe se essa pessoa expressa raiva, medo, ressentimentos ou qualquer outra emoção negativa com freqüência. E, principalmente, se expressa tudo isso com você. Este já será um primeiro aviso de que as coisas não estão caminhando bem.
Caso seu parceiro em potencial faça qualquer uma das colocações abaixo, pare e pense se realmente valerá a pena prosseguir na relação:
- Não quero que você fale a ninguém sobre mim.
- Você não pode perguntar a ninguém sobre mim.
- Se eu achar que você falou sobre mim para outras pessoas eu nunca mais falarei com você.
- Você deve confiar apenas no que eu digo, não ouça o que as pessoas falam sobre mim.
- Sim, o que as pessoas falaram sobre mim é verdade, mas agora eu mudei, sou outro.
- Tudo que as pessoas falam sobre mim é mentira.
Mesmo que uma pessoa seja conhecida, e até "famosa" dentro de um grupo, se ela for madura o suficiente e realmente comprometida com o BDSM ela entenderá e até achará prudente seu questionamento e não ficará chateado(a), ressentido(a) ou receberá isso como uma ofensa.
A primeira responsabilidade dentro do SM é a sua saúde e o seu bem-estar.
Esperamos que os novatos sejam cautelosos e incentivamos para que eles tomem suas próprias decisões, de maneira independente e sem pressão de ninguém.
5- A safeword me protege de maneira suficiente?
Não necessariamente. Considere o seguinte: se você não conhece seu parceiro, como pode ter certeza se ele será fiel a esse código? Como saber se, quando estiverem a sós, ele não lhe impedirá, com uma mordaça por exemplo, de pronunciar a safe word? Como ter a garantia de que ele(a) não irá ameaçar você de, por exemplo, parar completamente a prática, caso você use a safe word?
A safeword, por si só, não tem poderes. Ela é um código, um sinal que só será respeitado e compreendido por praticantes sérios.
No caso que citei na primeira questão, por exemplo, a submissa foi ameaçada de ter a prática totalmente encerrada caso viesse a pronunciar a safe Word. E, ainda mais, seria excluída das relações do tal dominador. Sendo assim, a safe word depende do respeito entre os praticantes para ser levada em consideração. A safe word deve interromper um ato e não necessariamente paralisar ou encerrar toda a prática. Por esse motivo ela é uma ferramenta imprescindível, que deve ser combinada antes de toda e qualquer atividade BDSM.
Você pode até imaginar que, de agora em diante, aquela submissa de que falei não mais cairá em uma enrascada desse tipo, ou que, pelo menos, terá o bom senso de saber parar. Entretanto, a natureza de um(a) submisso(a) é a de uma pessoa vulnerável, que deseja agradar, e, mesmo diante de um quadro complicado, ele(a) sente-se ligado(a) ao(a) dominador(a). Ou, ainda, pode ter tanta vontade de viver suas fantasias ou é tão inexperiente que acredita que o simples fato daquela pessoa ser um(a) dominador(a) significa que "sabe de tudo". É por esse motivo que o(a)s submisso(a)s acabam muitas vezes assumindo mais riscos. Ele(a)s preferem sofrer um pouco mais do que colocar em risco o relacionamento ou decepcionar o(a) dominador(a).
É importante lembrar que uma das características mais bonitas e estimulantes de um(a) submisso(a), é o desejo de servir e agradar, e é o que precisamente as pessoas de má-fé buscam para concretizar seus maus propósitos.
Existe um crime famoso nos Estados Unidos, ocorrido em Nova York há alguns anos, quando um dominador costumava abordar submissos em um bar da comunidade BDSM gay, assegurando a eles o respeito aos limites e o uso garantido da safe word. Certa vez, quando estivam sozinhos no apartamento ele ignorou o uso da safe word e até impossibilitou a articulação da plavra ( o rapaz foi amordaçado com uma fita silver type). Acho que não preciso dizer como termina o caso.
É claro que toda moeda tem dois lados: nem todos(as) os(as) submisso(a)s são verdadeiros(as) e dignos de confiança. Existe uma porção de submissos de ocasião por aí (pessoas que não estão procurando um relacionamento SM verdadeiro, mas meramente momentos fortuitos, de modo a, no instante seguinte, estarem livres, descomprometidos e longe de qualquer responsabilidade).
Existem novatos que não fazem a menor idéia de quando e onde usarem a safe word (vamos insisitir: invista tempo para ter certeza que será compreendido e preserve-se de mágoas e sentimentos amargos no futuro). Como também há o(a)s submisso(a)s experientes que usam a safe word muito mais para manipular e controlar o(a) dominador(a) do que para indicar quando eles(as) atingiram um limite real.
As situações mais problemáticas ocorrem quando o(a) submisso(a) não se utiliza da safe word quando deveria e o(a) dominador(a) fica achando que está tudo tranqüilo. Contudo, no futuro (horas, dias ou mesmo meses depois) o(a) submisso(a) achará que que o(a) dominador(a) foi longe demais...
Ora, por que não usar a safe word se ela existe??? Às vezes, é um desejo irresistível por parte do submisso de que o(a) dominador(a) tenha a capacidade de ler pensamentos! Em certos momentos, um(a) submisso(a) é ingenuamente transparente e, em outros, é um(a) cabeça dura orgulhoso(a). Alguns subs se colocam à prova, para mostrar que agüentam qualquer coisa que o(a) dominador(a) os obrigue, mesmo que isso os magoe ou machuque. Isto é algo extremamente perigoso para todos os envolvidos. E esta relação está fadada ao desgaste e ao término, muitas vezes, desastroso.
Tanto subs quanto doms devem ter a responsabilidade de nunca deixar a safe word perder seu sentido primeiro, que é complacência e confiança mútua. Repetimos: a safe word é uma das ferramentas da prática segura, mas não é uma garantia de segurança.
6- É possível usar a Internet como veículo para estabelecer contatos para relações BDSM? Há uma maneira segura para isso?
É uma questão complexa, mas tentarei fazer algumas sugestões que nos cerquem de alguma segurança no momento de fazer a passagem do virtual para o real, e tentar, assim, evitar más experiências.Encontrar qualquer estranho, como vimos até agora, é algo que envolve uma parcela de risco.
Portanto, todo cuidado é pouco. E encontrar um estranho com propósitos BDSM não é exceção.
Existem riscos adicionais para qualquer um na posição de submisso, sejam homens ou mulheres. Assim, devemos desenvolver alguns mecanismos básicos de segurança:
A) Dominadores sérios e conscienciosos não se sentem incomodados em fornecer referências. Para partir para o real, recomenda-se que você pergunte a ele(a) de parceiros que já praticaram com ele(a). Você deve buscar estas referências contatando essas pessoas. Este sistema é normalmente usado na comunidade BDSM no exterior e nenhum dominador(a) repeitável se sentirá ofendido(a) ao ser questionado(a) nesse sentido.
B) A Internet tem espaço para você abordar outras pessoas que conheçam este(a) dominador(a) ou submisso(a) de seu interesse e, desta forma, obter informações sobre essa pessoa. Tenha um certo distanciamento, mas leve em consideração os comentários feitos em salas de bate-papo a respeito de atos ou situações que envolvam a tal pessoa. Caso você fique sabendo de algo que realmente lhe deixe de sobreaviso, coloque a questão para o dominador(a) ou submisso(a) sem identificar a fonte de tal informação. Lembrando que estamos, até então, lidando apenas com um "nick".
C) Leve em consideração tudo que você já aprendeu ou experimentou das regras de segurança. Utilize-se dos tempos despendidos em chat e das trocas de e-mail de uma maneira dirigida. Procure entender a pessoa e saber como funciona o mecanismo das fantasias dele(a). Peça para que lhe explique a sua técnica favorita. Converse sobre opiniões e conceitos dentro do BDSM. Proponha jogos virtuais. Coloque situações cotidianas de problemas e observe como o outro reage (tente colocá-lo o mais próximo possível de uma situação real). Aqui também vale pedir conselhos de como agir numa determinada situação, ou contar uma reação sua diante de um fato e observar o comentário dele(a).
D) Use sua sensibilidade para ir trazendo a pessoa para o real. O primeiro passo é um telefonema. Evite nesse primeiro momento fornecer seu telefone do trabalho, por exemplo. Estabeleça um horário conveniente para receber as ligações e observe como o outro usa esse direito cedido por você.
E) Tenha claro para você mesmo o que significa um "alerta vermelho" . Não desrespeite estes avisos internos. Se você acha que existe algo estranho ou errado, reavalie a relação. Lembre-se, você está lidando com um desconhecido. Mais vale desistir em caso de dúvida do que dar um passo incerto, que venha a comprometer seu emocional ou físico. Um(a) dominador(a) que, ao telefone, concorda com o uso da safe word mas, ao encontrar você, repentinamente diz que quer uma sessão sem safe word, ou um dominador(a) que usa uma faca numa sessão onde facas não foram negociadas ou são inegociáveis, são exemplos que devem disparar seu alerta vermelho e sua habilidosa saída de cena.
F) Use a Internet como meio de pesquisa para livros, técnicas e grupos de discussão que abordem as práticas seguras e questões comportamentais dentro do BDSM. Dessa forma você será capaz de reconhecer se seu possível parceiro está falando de uma maneira correta e se segue a linha do São, Seguro e Consensual. Outra boa maneira é encontrar pessoas da comunidade BDSM em munches ou wokshops para trocar experiências.
G) Desde o virtual até o real, sendo dominador(a) ou submisso(a), sempre deixe claro suas intenções, do que gosta e até onde pretende ir. Deixe explícito seus limites, o que aprecia e o que DE JEITO NENHUM TOLERARIA.
Por fim, volte e leia todas as outras questões colocadas anteriormente antes de partir para uma sessão real! Pratique BDSM de maneira sadia, consensual e sinta-se seguro(a). E não deixe que seu sexo fale antes de sua razão, pois será a sua saúde que estará em jogo.