A primeira tortura era psicológica: a suposta bruxa era levada à sala de interrogatório, onde eram expostos todos os instrumentos de suplício. Em seguida, era despida diante do magistrado, depilada e coberta com um lençol.
A tortura mais branda eram as chibatadas. Depois havia a "corda": os braços eram amarrados atrás por uma corda presa a polé; a vítima era içada, provocando o deslocamento do ombro. Ainda mais cruel que a polé era o cavalo de estiramento, um pedaço de madeira triangular com a ponta virada para cima: "O corpo da torturada era deitado e amarrado apertado à ponta, que lhe penetrava na carne, do pescoço aos glúteos. Então em suas mãos e pernas eram amarrados pesos cada vez mais pesados; ou cordas ligadas a uma roda que girava com a ajuda de uma manivela. Puxando as cordas, todo o corpo era esticado, e os membros, após algumas horas, soltavam-se do corpo." Outra prática era a de acender uma fogueira sob os pés da vítima. E havia as tenazes, cujo use deixamos a cargo da sua imaginação, e muitos outros instrumentos.
Teoricamente, a tortura deveria durar um tempo limitado, e um médico supervisionava as operações para garantir que o imputado não corresse risco de vida ou sofresse danos graves a saúde. Mas, na verdade, o suplício continuava ao sabor do inquisidor, e não eram raros os casos de mulheres mortas ou estropiadas de forma irreversível em razão das sevícias sofridas.