Quem acompanha da novela “Viver a Vida”, da Globo, já percebeu que a personagem Ingrid, vivida por Natália do Vale, tem uma profissão bem diferente. Dona de um estúdio de fotografia, ela passa longe das fotos de casamento e de crianças.

O trabalho dela é fotografar o fetiche das cinquentonas endinheiras do Leblon, que muitas vezes se vestem com lingeries sensuais e encaram até amarrações de correntes para ficarem bem na foto.
 
Mercado do fetiche cresce no Brasil e atrai profissionais
 Para o fotógrafo oficial da 15ª Erótika Fair, Thiago Marzano, o mercado do fetiche aumentou muito no Brasil nos últimos anos. “Os casais aderiram à moda e têm tirado fotos com velas, cordas e em poses de podolatria (fetiche por pés)”, resume o especialista.
Marzano conta que o mais difícil em sua profissão é quando tem de fotografar casais cuja fantasia envolve cortes na pele e sangue. “Nesses casos que têm situações mais pesadas, eu seleciono os locais certos e não faço o trabalho em estúdio, por questão de higiene. Quando a pessoa quer algo com muito sangue, eu peço até que ela faça o exame de HIV, para garantir a segurança”, diz o fotógrafo.
Em casas de swing ou em eventos como a feira erótica, que aconteceu em São Paulo em outubro, uma das formas mais comuns de fetiche é o voyeurismo. A prática consiste em se satisfazer apenas observando outras pessoas praticando sexo.
“As crianças já gostam de ficar olhando um casal se beijar, com curiosidade. E, quando elas crescem, essa vontade passa ser mais sexy, mais erótica”, opina Regina Gato, que faz espetáculos para voyeuristas em parceria com Fabrício Fred.
Para ambos, a maior dificuldade em suas apresentações é lidar com comportamentos adversos do público. Segundo eles, tanto as mulheres como os homens querem se masturbar durante a exposição, e, para eles, a melhor saída é controlar os impulsos do público com muito bom humor, sem ofender ninguém.

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