O assunto é vasto e é sempre útil usar-se o bom senso - aliás, como em qualquer prática BDSM - e o Dom deve sempre chamar para si a responsabilidade de se antecipar ao que pode acontecer de imprevisto durante uma sessão e estar sempre preparado para agir de forma rápida e segura para a submissa.

Esteja atento e concentre-se naquilo que esteja fazendo.

Constantemente confira a tensão das cordas. Tenha certeza que você pode inserir seus dedos confortavelmente entre as cordas e o corpo da submissa. Fale com sua escrava durante a cena, principalmente quando ela tentar mover-se ou alterar a posição em que foi imobilizada.

Só utilize nós os quais você já tenha praticado. No bondage com cordas a idéia é usar nós seguros, que não correm e não apertarão as laçadas quando tracionados, impedindo a circulação, e firmes o suficiente para que não se desatem durante a cena, provocando quedas.

Não use as cordas ou qualquer outro objeto como tiras ou correntes para atingir uma postura.

Não force a submissa em uma posição que ela não consegue atingir e se manter por algum tempo.

Use cordas limpas.

Durante a cena, dependendo do desenrolar, as cordas poderão ser molhadas, untadas pelo uso de óleo de massagem, creme, fluidos corpóreos, etc.

Lave suas cordas depois de cada sessão. Se você tiver dúvidas sobre a condição de limpeza de um trecho de corda mesmo após a lavagem, substitua o comprimento inteiro. Se você tem mais de uma parceira ou pratica BDSM em um grupo, tenha um jogo de cordas diferentes para cada uma das escravas. Isto se aplica também a todos os "sex-toys" e acessórios.

Execute o que você sabe.

Planeje suas sessões de bondage, pratique idéias novas e nós em você mesmo ou em um travesseiro.

Evite colocar cordas pela frente ou ao redor do pescoço.

Apenas porque é perigoso... não caia na tentação de simular um enforcamento erótico, como em alguns vídeos; lembre-se que aquilo tudo é encenação.

Não faça nós diretamente em cima da espinha.

Até mesmo em uma corda macia, quando é feito um nó o resultado é um "botão" duro. Isto pode causar dano se a escrava estiver deitada de costas ou mesmo cair.

Marcas de corda e queimaduras.

Cordas deixam uma marca muito característica na pele. Algumas cordas marcam mais que outras, assim com há pessoas que têm a pele mais sensível que outras. Se for o caso, é melhor cobrir ou acolchoar as áreas que você deseja proteger.

Mantenha o local da cena organizado.

Além do aspecto estético, também é muito prático se você tiver que cortar a corda e livrar alguém com pressa, não perdendo tempo em cortar um conjunto de cordas emaranhado.

Tesouras e facas.

Nenhuma sessão de bondage que usa cordas deveria começar sem elas. Use de preferÊncia tesouras sem ponta e tenha cuidado ao manusear facas ou canivetes.

Safewords.

São palavras ou ações que indicam que a cena tem que parar. Dê preferência a palavras ou gestos os mais simples possíveis. Tenha certeza de que a escrava terá como dizer a palavra ou usar os gestos combinados a qualquer momento.

Nunca deixe a pessoa amarrada sozinha.

No máximo, fique em um quarto ao lado e preste atenção a ruídos de respiração afetada. A pessoa amordaçada pode engasgar com a própria saliva, nunca deixe a cabeça mais baixa que o corpo.

Suspensões, um item mais complexo.

Só pratique suspensões se já tiver aprendido tudo sobre essa prática e se já tiver executado com a supervisão de alguém que já saiba fazê-lo. Extremo cuidado deve ser observado se a suspensão for executada com a cabeça para baixo, por motivos óbvios. A capacidade que as cordas devem ter para suportar esforços de tração deve ser, no mínimo, de 5 vezes o peso da pessoa. Assim, para uma pessoa de 60 kg a capacidade da corda deve ser de 300 kg.

Nunca suspenda usando algemas, pois podem provocar lesões sérias nos pulsos.

Comece praticando com cordas de diâmetro maior

Boas opções são as de 6, 8 ou 10 mm. Cordas muito finas podem machucar e deixam sinais que demoram a sair. Os materiais podem ser algodão para marcas que saem logo; juta, que é usada em Shibari, ou polipropileno, e nunca as de nylon do tipo "cordinha de varal".