Grande parte das submissas chegam ao meio sadomasoquista afoitas, desesperadas por encontrar um Dono nas primeiras horas.
As coisas não funcionam dessa forma. Não pense que pelo fato de você estar num mundo novo ele seja repleto de rosas e de pessoas bacanas.
Não é assim que a roda gira em nenhum ambiente social, portanto, não acredite que o meio sadomasoquista seja diferente.
Normalmente você encontrará possíveis candidatos em encontros reais (frequentemente os promotores dos eventos divulgam na comunidade) ou virtualmente, através de anúncios classificados, chat ou interagindo dentro da comunidade.
Observe pessoas que tenham as mesmas fantasias que você. No perfil de cada usuário em nossa comunidade, dentro do portal, existe um campo em que ele expõe as práticas preferidas.
Procure fazer amizade com outras submissas. Sempre saem comentários sobre dominadores, sejam eles bons ou maus. São pistas que você deve sempre considerar antes de escolher um parceiro.
Tenha um roteiro em sua cabeça sobre as coisas que deseja saber ou informações suas que vai fornecer.
Se a conversa evoluiu, não se precipite.
Todo início de relacionamento exige cuidados, muitas conversas, encontros reais em locais públicos (Shoppings Centers, por exemplo) para começar a avaliação daquele que pretende tornar realidade as suas fantasias.
É importante não ser crédula e acreditar em tudo à primeira vista. BDSM não é 50 tons de cinza em que você encontrará um Christian Grey em cada esquina.
Questione, pergunte tudo que seja importante para começar a criar laços de confiança com essa pessoa.
Todo praticante sério de BDSM não tem pressa em ter a primeira sessão, estará aberto a conversas francas e esclarecedoras sobre si e sobre as eventuais fantasias, limites e outras particularidades.
Lembre-se de que conseguir um Dono não é diferente de conseguir um namorado, um marido ou amante. O que distingue uma pessoa do mundo baunilha para o mundo sadomasoquista é apenas o prazer pelo BDSM. De resto, todos os cuidados que você toma antes de sair com um estranho, você deve tomar com o futuro Dono.
Observe a postura, as atitudes, ou possíveis contradições. Procure saber do seu passado e tente confirmar as histórias contadas.
Procure saber através das conversas se ele é ético. Que tipo de pensamento ele tem sobre segurança, cuidados e condução das sessões. Tente saber até onde vai o grau de conhecimento e experiência que ele diz ter. Leia à respeito e veja se o que ele pensa é sensato com o que se pratica no meio.
Hoje em dia você tem muitas ferramentas virtuais, como redes sociais e pessoas do meio sadomasoquista que ele frequenta para checar informações.
Um dominador que se nega a falar de seu passado ou usa aquela velha conversa de que Dono não deve explicações ou algo que o valha, certamente não é merecedor de confiança.
Desconfie dos apressadinhos, aqueles que logo de saída lhe pede nudes, vídeos explícitos, fotos comprometedoras (em que aparece seu rosto) ou sua nudez pela CAM. Hoje em dia há muitos softwares que capturam tudo que se passa na tela do micro, portanto, muito cuidado ao usar aplicativos de vídeo.
Existem muitos vigaristas que se aproveitam da inocência e desejo de quem entra ávidamente nesse mundo para usar essas imagens fornecidas como ferramenta de chantagem.
Evite usar seu telefone profissional e nunca use seu nome verdadeiro para contatos. Não forneça seu endereço real ou eletrônico até ter certeza de que a pessoa ao seu lado é confiável a esse ponto. Você pode futuramente ter problemas com essa falta de cuidado.
Procure manter sua vida profissional e familiar separada do mundo BDSM.
Quando encontrar a pessoa com quem deseja sair, avise alguém antes para que saibam com quem e aonde você vai. Faça com que seu futuro pretendente também saiba desses cuidados que você tomou. Um dominador sério não irá se melindrar com suas precauções.
Nunca marque encontros em sua casa.
Lembre-se de que BDSM não tem regras, ele é conceitual. Isso significa que um dominador não pode chegar e dizer que você tem obrigação de pagar contas ou comprar acessórios.
Você só deve comprar ou pagar alguma coisa se isso for consensual. Uma coisa é a submissa ter uma situação financeira confortável e querer colaborar com o Dono voluntariamente nas despesas, outra bem diferente é o Dono colocar isso como obrigação ou regra do BDSM. NUNCA aceite essa argumentação.
Acredite: É GOLPE!
O fato da pessoa frequentar o portal ou outros espaços sadomasoquistas, sejam virtuais ou físicos, não é garantia de idoneidade. Investigue, pergunte e principalmente ouça os seus instintos. Ao menor sinal de desconfiança, caia fora.
BDSM exige total confiança no parceiro e se por algum motivo você perceber detalhes que não se encaixam, não hesite, aborte tudo e comece outra vez.