Sharon Stone estava numa festa em Hollywood quando saiu acompanhada de uma atraente mulher. As duas só voltaram muito depois. Mas ela também adora fazer sexo com homens. Possui uma secretária que se encarrega de marcar todos os seus encontros amorosos. Notícia esta divulgada pelo jornal ‘Sunday Mirror’ e fazem parte da biografia não autorizada da atriz. Uma outra estrela americana, Jodie Foster, teve seu desejo sexual por mulheres revelado num livro escrito por seu próprio irmão. Ela mesmo declarou: "Tive uma ótima educação, que nunca me fez diferenciar homens e mulheres."
- Angelina Jolie casou-se com Brad Pitt, mas seu envolvimento com mulheres é vasto. Teve um romance com Jenny Shimizu que durou 10 anos.
- Amy Winehouse teria dito, segundo o tabloide News of the World: “E daí? Eu gosto de meninas também.
- Em dezembro de 2005, a capa da revista "Veja" estampou uma imagem da cantora Ana Carolina com a manchete: "Sou bi. E daí?".
- Cláudia Jimenez disse há algum tempo no Twitter: "Eu não sou uma coisa ou outra! Eu sou alguém procurando pegar na mão da felicidade!"
- Lady Gaga assumiu que era bissexual numa entrevista à Rolling Stone.
- Renato Russo já dizia em suas músicas muito sobre suas opções de vida.
- Marlon Brando, um dos maiores atores do cinema e ícone sexual, gostava de sexo e podia ser tanto com homem como com mulher
- Marco Nanini falando sobre sua sexualidade. "Moro em uma casa com três cachorros. Às vezes, pintam umas namoradas, uns namorados. Namoradas, não. Namorados", corrigiu.
Esses são apenas alguns exemplos dos inumeráveis casos de bissexualidade conhecidos. As estatísticas mostram que a grande maioria das pessoas já sentiu, de alguma forma, desejo por ambos os sexos. Pesquisas indicam que nos Estados Unidos mais de 40% dos homens casados, durante toda a vida de casados, se envolveram em sexo regular com outros homens. Seríamos todos bissexuais dependendo apenas da aceitação do nosso meio social? Para Freud o ser humano é biologicamente bissexual. Nasceríamos com um impulso sexual dirigido tanto para pessoas do sexo oposto como para as do mesmo sexo, e a orientação sexual — homo ou hetero — seria determinada na infância. Outro pesquisador o americano Alfred Kinsey acredita que a homossexualidade e a heterossexualidade exclusivas representam extremos do amplo espectro da sexualidade humana. Para ele a fluidez dos desejos sexuais faz com que pelo menos metade das pessoas, sintam, em graus variados, desejo pelos dois sexos e não o contrário.
Entretanto, essas sempre foram acusadas de indecisas, de estar em cima do muro, de não conseguir se definir. Os heterossexuais costumam ver a bissexualidade como um ‘estágio’ e não como uma condição alcançada na vida. Muitos gays e lésbicas desprezam os bissexuais acusando-os de insistir em manter os "privilégios heterossexuais" e de não ter coragem de se assumir, querendo ter o bom dos dois lados. Por isso, é comum esconderem a sua dupla orientação na tentativa de se proteger das críticas.
Em 1975, a famosa antropóloga Margareth Mead declarou: "Acho que chegou o tempo em que devemos reconhecer a bissexualidade como uma forma normal de comportamento humano. É importante mudar atitudes tradicionais em relação ao homossexualismo, mas realmente não deveremos conseguir retirar a carapaça de nossas crenças culturais sobre escolha sexual se não admitirmos a capacidade bem documentada de o ser humano amar pessoas de ambos os sexos." Porém, a aceitação social da bissexualidade sofreu um retrocesso na década de 80, com o surgimento da AIDS.
Os bissexuais foram acusados de gays não assumidos e que assim estariam disseminando o vírus HIV, inclusive para as próprias esposas. A maioria das pessoas afirmam categoricamente que romperiam um namoro ou casamento se descobrissem que seus parceiros são bissexuais. Mas isso é uma questão cultural. Na Grécia (século V a.C.) a iniciação sexual de um jovem se dava com o seu tutor e era considerado natural que os cidadãos gregos, casados e respeitáveis tivessem relações sexuais com as esposas, as concubinas, as cortesãs e os efebos (jovens rapazes). Marjorie Garber, professora da Universidade de Harvard, que elaborou um profundo estudo sobre o tema, compara a afirmação de que os seres humanos são heterossexuais ou homossexuais às crenças de antigamente, como: o mundo é plano, o sol gira ao redor da terra. Acreditando que a bissexualidade tem algo fundamental a nos ensinar sobre a natureza do erotismo humano, ela sugere que em vez de hetero, homo, auto, pan e bissexualidade, digamos simplesmente ‘sexualidade’. Será que o amor pelos dois sexos se tornará uma opção cada vez mais comum a ponto de predominar? A bissexualidade, como muitos afirmam, vai ser mesmo o sexo do futuro? Importando somente o amor e a paixão do momento?