A produtora Kink é especializada em filmes eróticos e pornográficos sobre sadomasoquismo. O documentário Kink, pela mão de James Franco, faz a narrativa do quotidiano da empresa.
O termo BDSM — Bondage, Dominação, Submissão, SadoMasoquismo — entrou na moda graças ao livro "50 Sombras de Grey", que vai agora passar a filme (tem estreia marcada para o dia dos namorados). Agora um documentário promete voltar a chamar a atenção para o tema, até porque é realizado por uma das personagens mais ativas do mundo do cinema: James Franco. Ator, produtor e realizador de sucesso (com ascendência portuguesa pelo lado paterno), tem procurado fugir ao padrão das estrelas fúteis e tenta construir uma carreira de autor, embora ainda sem grande sucesso.
Kink aborda a realidade de uma produtora de filmes porno sadomasoquistas e, embora esteja catalogado para maiores de 18 anos, não é pornográfico e tem objetivos documentais e artísticos. A obra cruza dois mundos: o da produção pornográfica e o meio do sadomasoquismo. O trailer indica que este documentário vai centrar-se em aspetos pessoais dos envolvidos na história, o que ajudará a desmistificar algumas ideias presas ao mundo da pornografia e também do sadomasoquismo. A produtora apresenta-se como tendo valores próprios que premeiam os princípios do "são, seguro e consensual" que são também postulados pelos praticantes de BDSM. Isso não impede que no trailer se vejam correntes, coletes de forças, chicotes e cordas,entre outros apetrechos. Como explica uma das atrizes, no trailer: "Porque é que fazemos isto? Porque é bom!"
Esta é a segunda incursão de James Franco no documentário, depois de ter realizado ele mesmo um pequeno filme sobre uma longa sequência gay num filme policial dos anos 70 com Al Pacino. Desta vez, em Kink, é o produtor, ficando a realização a cargo de Christina Voros. O filme foi exibido pela primeira vez no Festival de Sundance, com estreia nos Estados Unidos para o próximo dia 22. Ainda não tem exibição prevista para Portugal.