Embora possua 2.641 amigos e aceite e acolha (sem questionar) todos que pedem para me add, eu escolho meus amigos por aqui... Seleciono quem vou mandar recados e quem vou comentar fotos.... Só vou ‘ por opção’ a ambientes que considero acolhedores.
Tenho um grupo de amigos maravilhoso... Sempre fui criteriosa com quem partilho meu riso, minha alegria, minha vivacidade, minhas cores e meu carinho... Eu construo meu mundo de várias formas e, uma delas, é estando com pessoas que me fazem bem.
Não faço de conta que os problemas não existem, não fecho meus olhos para as tensões sociais, não ignoro as opiniões que considero toscas, inconsistentes ou limitadas...
Apenas escolho não ter que lidar com elas mais do que o necessário.
Não vou ler Reinaldo Azevedo, por exemplo... Por quê... Pra que?... Não acrescenta e me ofende... Faz-me mal e me faz má... E eu detesto não ser o melhor possível... Eu não sou boa, já disse antes... Mas isso não me faz má, me faz humana... Limitada... Imperfeita... Mas às vezes eu leio coisas aqui que me fazem má, mesmo... E eu detesto... Detesto me sentir mesquinha, intolerante, irascível... Cruel... E é o que sou quando leio certas coisas.
Por exemplo?... Aqui é normal ler pessoas que ficam 'indignadas' com chat em fotos... Aqui e normal se a menina for bonita e tiver um corpo legal, dizer que é fake... Aqui é normal dizer que as 'perfeitinhas' que adoram exibir sua nudez com classe e arte são odiadas... Isso aqui parece nosso mundo baunilha com sua sociedade hipócrita que divide o mundo de forma machista e nossas mulheres entre vadias e santas... Biscates ou mulheres pra casar.
Mas não vou conversar sobre isso como se fosse um tema passível de dúvida... Não é matéria aceitável na minha leitura de cabeceira... Na minha casa... No meu coração... No meu perfil... Não é pauta... Dividiu o mundo assim, amigo, Tá fora... Pega seu boné... Ou melhor: eu estou fora.
É que não dá pra ser feliz, como dizia o guerreiro Gonzaguinha... E os instantes de felicidade são preciosos pra quem tem muita angústia, dor, desassossego sem que eu procure mais... Porque, olha, dói... Não é figura de linguagem, não é drama (e sim, eu sei, sou DRAMAQUEEN), não é recurso estilístico: dói... Dói em mim, fisicamente, ver pessoas tão à vontade para pautar o desejo alheio... Tão livres para julgar a vivência alheia... Dói-me ver tanta gente com o carimbo na mão, disposta a usá-lo... E rápido!... Tanta gente que tem tanta certeza do que é certo não só pra si e sim pra todos... Dói perceber tanta gente indiferente à dor e delícia de cada um de nós ser o que é... Dói, de chorar sabe?... De precisar ir pra varanda respirar devagar, devagar, pra não aposentar o sonho... Dói!
Então, eu guardo o brilho no olho com multo carinho... Protejo o riso... Alimento o calor no peito, a vontade de dar as mãos, a fé no homem, fé na vida, fé no que virá.
Então eu prefiro manter os balões e os sonhos coloridos... Escolho a generosidade e a tolerância... Não escolho pros outros, escolho pra mim...
Escolho não me ofender e não ofender alguém... Não ser cínica, sarcástica, cruel... Escolho ter palavras boas, abraço bom!
E aí agora a pouco eu vi um filme divertidíssimo chamado “Wedding Fever In Campobello”... Em certo momento um dos personagens diz: sabe a diferença entre os alemães e os italianos, é que os alemães procuram problemas e os italianos Já tem problemas... E completa: como já temos problemas, não precisamos mais procurar e já podemos ir pra praia.
Eu estou nesse time, sabe... Já tenho um montão de problemas, não estou precisando de mais e vou partindo pra praia... Porque, como cantava a Bethânia: aqui faz multo calor, no Nordeste faz calor também, mas lá tem brisa... Viver de brisa é melhor e eu sou Italiana! :)