Dia atrás eu recebi essa mensagem em meu email:

' Submissas senhoras, é possível servir depois dos 50?'...
Mensagem: Adoraria ver esse assunto ser tratado de forma séria, sou uma sub de 51 anos, sem poder servir pela minha idade...Será possível servir ao um Dominador depois dos 50 anos?

Eu confesso que me emocionei muito ao ler essa mensagem... Eu tenho 46 anos e bem ou mal, essa mensagem também é para mim... Essa é minha realidade hoje.

Fiquei dias com essa mensagem na cabeça e comecei a puxar pela memória as vezes que me questionei sobre estar amadurecendo e sobre a real importância da idade na minha vida e na vida das pessoas que me cercam, e cheguei a conclusão que a 'melhor' idade é aquela que nossa mente vive e aceita... Se pensarmos como uma anciã, anciã seremos em todas as atitudes, embora que fisicamente jovens... Se fisicamente 'madura', mas com a mente renovada , teremos idade... Velhice jamais!

O excesso de apego que as pessoas tem com o aspecto físico se deve não apenas ao apelo da competitividade e da necessidade de reconhecimento... Passa, essencialmente, pela falta de amadurecimento da grande maioria das pessoas... Amadurecimento que, por sua vez, passa pelo conhecimento e pelo autoconhecimento, também... As coisas estão intrinsecamente ligadas... Para mim quanto mais a pessoa reúne esses atributos, mais bela, intensa e especial ela se torna.

Algum tempo atrás uma amiga (Amarília), descreveu divinamente bem essas inquietações que o tempo nos traz... Ela discorria sobre o tema, mais ou menos assim:

Sou uma mulher "madura"... Sei que essas inquietações da idade muitos as sentem, até porque vivemos numa sociedade excludente ... E mesmo que na prática facilmente se comprova que a experiência sempre faz um diferencial positivo, ainda somos reféns de uma mídia poderosa que privilegia os corpos sarados e o frescor da juventude em detrimento do conhecimento e do talento.

Onde quero chegar?... [Sempre preciso fazer uma pausa, pois tenho tendência à prolixidade e quase sempre me perco em minhas considerações].

Quando a gente vai se conhecendo um pouco mais, quando a nossa autoestima é trabalhada e vamos desfazendo nossas amarras, a gente vai se "achando"... Passamos a nos ver mais bonitas, fazemos as pazes com o espelho, passamos a nos aceitar como somos e nos descobrimos belas e "inundadas" de amor e sabedoria.

Então fica estranho, pois a gente ouve (e muito!) que isso não pode pra certa idade, que aquela roupa não fica bem em Fulana, que aqueles cabelos longos estão ridículos em Sicrana e que franjinha não combina com Beltrana... Bem... Os estereótipos estão aí, fazem parte dessa sociedade moralista e eternamente debutante... Sem contar que nosso meio é muito preconceituoso com as submissas maduras... Para vocês terem uma idéia, tempos atrás uma 'amiga' minha de FetLife entrou no reservado do VERDUGO e começou a escrever coisas horríveis sobre mim, pontuando minha idade e meu jeito de ser.

No entanto , eu me vejo mais bonita agora do que fui outrora...Não quero meus vinte anos de volta... Nunca quis! ... A minha nostalgia se resume(creio eu), mais no que é imposto pelos outros e que, apesar de meu crescimento pessoal ainda me incomoda, do que pelos anos somados na minha identidade.

Dou graças a Deus por ser quem sou... E cada vez mais conheço pessoas lindas que se tornam cada vez mais lindas com o passar do tempo... Eu conheço e vejo diariamente submissas maduras que eu considero uma referência, uma inspiração, um farol e um frescor na minha vida... Como é o caso da @ Vita_ST.

É como se a ternura verdadeira, a amorosidade plena só fosse possível depois de muito caminho trilhado, depois de muito choro, de muitas batalhas com a vida e, principalmente, depois de muitas contendas com nós mesmas.

Aí a gente fica assim, como me sinto agora... Mais velha fisicamente, oficialmente, mas com um brilho nos olhos, com um sorriso resgatado que há muito se perdera... Me sinto mais menina que antes, mais mulher do que fui e com qualidades recém-descobertas que me conferem um status nunca antes alcançado.

Por isso cada palavra escrita abaixo revela os sentimentos que hoje expresso e carrego em mim... Essa também é minha verdade, pois depois de 'quase' meio século eu já percorri muitas estradas, dobrei muitas esquinas e optei em encruzilhadas... Já errei, já acertei, já deslizei, já me arrependi e inevitavelmente, o tempo se foi.

Portanto, Mulher madura... Hoje o post é seu!

Enjoy! :)

 

Esse seu olhar em direção da entrega de seu corpo e de sua alma continua mais lindo... Na longa caminhada e na intensa troca de sentimentos e emoções já vividos , aprendemos a somar, a dividir e a multiplicar... Sem chances de diminuir no sentimento dessa entrega enraizada na alma.

A submissão madura chega de mansinho e se aloja em nossa vida, sem tempo para acabar... O caminhar a dois é mais sereno, a cumplicidade existe, o carinho é mais espontâneo, não nos inibimos diante do querer, a sintonia é completa e as lembranças são depositadas no álbum das saudades que guardamos, de um tempo que não volta mais.

Entregar sua alma e seu corpo nessa idade é carregar a ternura no olhar... O brilho é mais intenso, e a vontade de acertar é mais forte... A construção do caminhar a dois é a soma do querer, é o encontro de duas almas aplaudidas por dois corações que dividem a emoção de TER e PERTENCER.

As pequeninas atitudes, os gestos e os detalhes são os alimentos que sustentam esta relação tão especial... Pertencer nessa 'melhor' idade é viver a dois a alegria da companhia, do chamego dengoso, dos beijos calientes e experientes, dos insinuantes olhares quando o desejo se manifesta e a promessa no olhar de que, em todo amanhecer, será o mais belo bom-dia entre dois seres que encontraram nessa relação madura os desejos que estão emaranhados na alma.

Há uma serenidade nos gestos da submissa madura, longe dos desperdícios da adolescência, quando se esbanjam pernas, braços e bocas ruidosamente... A adolescente não sabe ainda os limites de seu corpo e vai florescendo estabanada... É como um nadador principiante, faz muito barulho, joga muita água para os lados... Enfim, desborda.

A submissa madura nada no tempo e flui com a serenidade de um peixe... O silêncio em torno de seus gestos tem algo do repouso da garça sobre o lago... Seu olhar sobre os objetos não é de gula ou de concupiscência... Seus olhos não violam as coisas, mas as envolvem ternamente... Sabe a distância entre seu corpo, sua alma e o mundo.

A submissa madura é assim... Tem algo de orquídea que brota exclusiva de um tronco, inteira... Não é um canteiro de margaridas jovens tagarelando nas manhãs.

A submissa madura tem um som de adágio em suas formas... E até no gozo ela soa com a profundidade de um violoncelo e a sutileza de um oboé sobre a campina da masmorra.

A boca da submissa madura tem uma indizível sabedoria... Ela chorou na madrugada e abriu-se em opaco espanto... Ela conheceu a traição e ela mesma saiu sozinha para se deixar invadir pela dimensão de outros corpos... Por isto as suas mãos são líricas no drama e repõem no seu corpo um aprendizado da macia paina, de setembro e abril.

O corpo da submissa madura é um corpo que já tem história... Inscrições se fizeram em sua superfície... Seu corpo não é como na adolescência uma pura e agreste possibilidade... Ela conhece seus mecanismos, apalpa suas mensagens, decodifica as ameaças numa intimidade respeitosa.

Na verdade, talvez a submissa madura não se saiba assim inteira ante seu olho interior... Talvez a sua aura se inscreva melhor no olho exterior, que a maturidade é também algo que o outro nos confere, complementarmente... Maturidade é essa coisa dupla: um jogo de espelhos revelador.

Cada idade tem seu esplendor... É um equívoco pensá-la apenas como um relâmpago de juventude, um brilho de raquetes e pernas sobre as praias do tempo... Cada idade tem seu brilho e é preciso que cada um descubra o fulgor do próprio corpo.

A submissa madura está pronta para algo definitivo... Merece profundidades... Por isto, pode-se dizer que a submissa madura não ostenta jóias... As jóias brotaram de seu tronco, incorporaram-se naturalmente ao seu rosto, como se fossem prendas do tempo.

 

A submissão madura não é menor em intensidade, ela é apenas quase silenciosa... Não é menor em extensão, é mais definida, colorida e poetizada... Não carece de demonstrações.

Presenteia seu DONO com a verdade do sentimento... Não precisa de presenças exigidas... Amplia-se com as ausências significantes.

A submissão madura cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão.... Basta-se com o todo do pouco... Não precisa e nem quer nada do muito... Está relacionada com a vida e a sua incompletude, por isso é plena em cada ninharia por ela transformada em paraíso.

A submissão madura não disputa, não cobra, pouco pergunta, menos quer saber... Teme, sim, mas não faz do temor argumento... Basta-se com a própria existência... Alimenta-se do instante presente valorizado e importante porque redentor de todos os equívocos do passado.

A submissão madura é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada praticante... Essa submissão vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois.

A submissão madura não precisa de armaduras, coices, cargos, iluminuras, enfeites, celofane, papel de presente, flâmulas, hinos, discursos ou medalhas... Vive de uma percepção tranqüila da essência do outro.

É feita de compreensão, renda, música e mistério... É a forma sublime de ser adulta... E, (sem jogo de palavras) a forma adulta de ser sublime e ser criança.

A submissão madura é uma relação pacificamente com o que dentro de nós não desistiu de crer, querer, sentir e esperar... Do que é maior que a experiência, a dor, o cansaço e os apelos para desertar... É o sol de outono, nítido, mas doce... Claro, mas sem ofuscar... Suave, mas definido...

Discreto, mas certo... Um sol que aquece até queimar.

A submissão madura é a regeneração de cada erro.... É filho da capacidade de crer e continuar, é o sentimento que se manteve mais forte depois de todas as ameaças, guerras ou inundações existenciais com epidemias de ciúme.

A submissão madura é a valorização do melhor do outro... É a relação com a parte salva de cada pessoa... Essa submissão vive do que não morreu mesmo tendo ficado para depois... Vive do que fermentou criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados, mas cheios de sementes.

 

Ela não pede, tem... Não reivindica, consegue... Não persegue, recebe... Não exige, dá... Não pergunta, adivinha... Existe, para fazer feliz.... Só teme o que cansa, machuca ou desgasta.

A submissa madura tem um jeito simples de ser, mas que conquista, que assanha, que faz sonhar... Sua voz aveludada e o respeito com que recebe a todos, é o que faz a diferença.

Submissa madura e vivida, mulher sofrida, porém, de um carisma pitoresco e encantador... É uma submissa de alma, que não faz força para agradar... Ela simplesmente é o que é, e, isto é o que mais agrada.

Inteligente, perspicaz, decidida e submissa...Como conseguiu juntar tantas virtudes em uma só mulher?

 

Uma mulher comum, infelizmente a vida não lhe trouxe grandes maravilhas, mulher sofrida e batalhadora, mas tem algo de especial que a diferencia de muitas servas... Não é preciso ser a mais bonita para ser a melhor... Não é preciso ser a mais sensual para ser a mais cobiçada... Não é preciso ser a mais servil para ser a predileta.

O tempo pode ter enrugado tua pele, pode ter levado o mais belo que se via, pode ter sido cruel deixando cicatrizes, porém, todos estes dissabores, deram um tempero diferente, moldando e modelando-a com um brilho único e especial.

A submissa madura tem o dom de enfeitiçar e se fazer cobiçar... A submissão madura é uma arte delicada, reservada para os que têm consciência de que é preciso um exercício constante para servir bem e sempre.

Ser uma submissa madura é estar presente, igualmente de corpo e alma, na relação... É continuar andando de mãos dadas com os propósitos do DONO... É ser inteiramente cúmplice, pronta a atendê-lo ao menor sinal.

A submissa madura é macia como seda, limpa como a pétala do lótus, leve como uma pena de passarinho, transparente como bolha de sabão, leal como uma cadela e discreta como uma gata... A submissa madura sabe o momento de se recolher, silenciosamente... É ser "QUASE" imperceptível... É nem respirar, para não incomodar.

Ser submissa madura é JAMAIS faltar e NUNCA ser demais.. É ser o melhor dos vinhos, a seleta safra dos grisalhos.

Cores e sabores e a prova de uma vida que soube ser vivida, e assim, vir ao nosso encontro apenas pessoas com o mesmo ideal... O de crescer o tempo todo e viver todos os dias, com muito amor, com disposição em aprender, e de celebrar a vida sempre.

Eu vejo uma beleza impar na submissão madura ... Que persiste, mesmo com os cabelos grisalhos, rugas nos rosto, coisas do passar dos anos... A submissa madura segue firme... Acha tudo bonito, porque sabe que o tempo passa, o corpo envelhece, mas a alma é sempre bela.

Nada se compara com a entrega da submissa madura... Não abre mão de aproveitar até o último gole, do precioso vinho, com toda a serenidade que só a submissão madura pode conceder... Parece que a entrega fica mais apurada... Mais doce... O tempo de maturação torna a entrega mais intensa e ainda melhor!

A submissão madura não exige e nem faz demonstrações... Surge e permanece nas retinas e na alma, envolve os corações, corpos e mentes, docemente, de forma suave e absoluta...

Não exige calma, pois ela é a própria paz... Para a submissão madura indifere se jaz a noite ou se faz dia... Ele se desnuda em qualquer tempo ou estação, em pura sedução.

É tão intensa quanto sempre foi... Mas pode ser silenciosa, ou não... É tão profunda quanto o oceano, não dói e tem recheio de paixão... E por certo, tão extensa e luminosa como as planícies, como os desertos... Pura arte, enfim, é a submissão madura... Leve e pura!

É definida, colorida, a mais pura poesia... Não lhe interessa a métrica, mas a rima... Se arrepia e tem um verdadeiro sentido... Vale o significado, a entonação, o momento... Vale o que está escrito e virou crença... Vale a presença, o toque sutil da libido, o teor do sentimento, a dádiva, o presente... Literalmente!

Não exige nada, não faz julgamento... Amplia-se com as ausências significantes... Amadureceu por que soube viver seu tempo e as vivências em seu âmago absorveu... Aprendeu, instante a instante, com arte, as formas trabalhosas de construir felicidade... Fez do bem e o prazer seu estandarte e nunca é tarde!

Essa submissão amadurecida ainda se expande no sabor do fruto oferecido em cada estação... Cresceu na verdade da busca sincera, orientada pelos sinais indizíveis do coração... Na esteira estendida pelos anjos vindos do céu... É o mel que adocica as palavras da alcova... É o alimento da nova vida estampada na face e que enfim renasce!

A submissão madura é Fênix, é redenção, o justo prêmio da espera de quem quis, com calma, a primavera aguardar... Construiu uma auto-ilusão e nela pôs sua alma... É o sonho do alquimista!

A entrega da submissa madura é feita de mistério, música e compreensão... Coragem pertinente e submissão escolhida... Sabedoria pura plantada em solo adequado, bem adubado!

A submissão madura é corajosa... É porta aberta para o infinito e a concretude... Busca amiúde completar, acertar os detalhes... Uma pincelada aqui, outra ali, um ajuste, um enfoque, um toque, um olhar, um sorriso, um compreender... Um ceder, sem retroceder!

A submissa madura cuidou do seu jardim e vieram as borboletas... Já não pede um refúgio, tem um teto... Atingiu um objetivo, já não precisa de metas... A submissa madura é assim... Viva, infinita e completa!

Ali está uma mulher madura, mais que nunca pronta para quem a souber amar... Por isso minha linda, sinta-se a pessoa mais desejável desse mundo porque a beleza de uma submissa está na sua capacidade de entrega e de servir... . A essência de ser uma boa submissa é querer viver prazeres e emoções em completa entrega e sintonia com seu Dominador.

"A mulher madura não se sente velha, mas sim EXPERIENTE;
A mulher madura não pega, ela TOCA;
A mulher madura não a provoca, já é PROVOCANTE;
A mulher madura não é inteligente, ela é SÁBIA;
A mulher madura não se insinua, ela mostra o caminho SUTILMENTE;
A mulher madura não se precipita, ela espera o MOMENTO CERTO;
Não voa, FLUTUA;
Não pensa em quantidade, ela prefere QUALIDADE;
Não vê, OBSERVA;
Não anda, CAMINHA;
Não dorme, ADORMECE;
Não é pretensiosa, simplesmente ela SE GOSTA;
Não julga, ANALISA;
Não compara, ASSIMILA;
Não consola, ACALENTA;
Não acorda, DESPERTA;
Não coloca algemas, deixa LIVRE;
Não enfeitiça, ENCANTA;
Não é só decidida, SABE O QUE QUER;
Não é exigente, é SELETIVA;
Não se lamenta, tenta fazer DIFERENTE;
Não tem medo, tem RECEIOS;
Não faz juras, deixa por conta do TEMPO;
Não tira conclusões, faz apenas SUPOSIÇÕES;
Não desce do salto, mas tem JOGO DE CINTURA;
Não brilha, apenas é ILUMINADA;
Não gosta de ser vigiada, prefere apenas SER ESCOLTADA;
Não é moderna, é ELEGANTE;
Não quer ser cobiçada, prefere ser DESEJADA;
Não gosta, ela AMA;"

( Desconheço o autor )

Viva isso e seja muito feliz! :)

Meu beijo especial em cada submissa madura do nosso Universo!

Cris_VERDUGO