É notável o esvaziamento dos grupos de discussão do Yahoo e Google. Essas ferramentas indispensáveis outrora geravam discussões apaixonadas e enriquecedoras, serviam de base para um grupo privilegiado que teve oportunidade de absorver os interessantes temas diários protagonizados por pessoas experientes e com conteúdo intelectual apreciável, hoje não passam de uma lembrança distante dos áureos tempos. Em parte, isso se deve às facilidades encontradas nas redes sociais, onde “pipocam” comunidades sobre os temas que antes eram privilégio dos grupos. A leitura fácil e a interatividade desses novos meios é um convite irrecusável, mesmo com alguns aborrecimentos como perfis excluídos pelos zelosos administradores dessas redes por conta de suposto conteúdo impróprio.
Inovações, como chats usando o MSN têm colaborado para afastar ainda mais os tenazes sobreviventes. Além disso, muitos desses grupos acabaram ficando com ranços e vícios de seus proprietários e moderadores que usam e abusam do tom professoral, “ensinando” como devem ser os conceitos, regras e comportamentos, agindo como se estivessem numa grande sala de aula do ensino fundamental. Infelizmente essa forma pouco sutil acaba por criar um desencanto maior na maioria silenciosa. Pouquíssimas pessoas atrevem-se a fazer questionamentos e as raras respostas seguem a linha mestra ditada pelo padrão e postura de seus moderadores.
O que antes era um Oasis de conhecimento transformou-se num boletim de eventos e catálogo de fotos. A sensação causada pela permissividade abusiva nas postagens de imagens de sites profissionais é a da compensação, como se isso fosse um substitutivo pela ausência de algo mais interesse para os seus membros.
Tudo tem seu começo, meio e fim. Não vejo como esse formato de grupos possa sobreviver ou ser reinventado para competir com redes sociais dinâmicas e interativas, enfim, só resta adaptarmo-nos aos novos tempos.