De Lacan, destacamos a frase: "Será que podemos nos fiar no que a perversão masoquista deve à invenção masculina, para concluir que o masoquismo da mulher é uma fantasia do desejo do homem?" (1998(1966], p. 740). Será que o objeto a, impossível de encarnar por qualquer humano, nos permitiria aproximar o masoquista à posição de objeto que a mulher adquire na fantasia de um homem? Estaria esta posição referida ao gozo da mulher, ao Outro gozo, gozo excluído da linguagem?
A mística esclarece o masoquismo primordial inerente àquele que padece do significante. Identificado ao corte significante, com o vazio, introduzido pela incidência do significante, o místico alcança um Outro gozo. Este gozo Outro, gozo não fálico, uma mulher o experimenta, mas dele pouco pode dizer. Por isso, os místicos e a mulher se aproximam, ambos, ao real indizível. Como dizer o indizível?
É o que tenta Theresa d'Avila, ao descrever uma prova da experiência divina: "No êxtase, a alma voa em direção a Deus para se elevar acima de tudo criado e acima dela mesma. É um vôo suave, um vôo delicioso, um vôo sem ruídos" (1993, p. 238). Abordando a vertente do feminino, podemos referir este "vôo sem ruídos" a uma ruptura com a regulação edípica, ou, ainda, referido a uma dimensão que torna uma mulher Outra, ou seja, não-toda apreendida pela representação significante. Neste caso, a prática da letra vem limitar o que está ligado a esta dimensão feminina, não regida pela função paterna.
A partir de 1924 Freud caminha claramente para a definição de masoquismo feminino, levando em conta o "ser de objeto" que o funda e que, para ele. é relativo à "essência do feminino". É importante lembrar que o dito masoquismo feminino não era, para Freud, inerente à mulher. Como abordar o masoquismo definido por Freud, equivalente a esta "essência", senão pelo objeto a lacaniano, cujo vazio irrepresentável necessita ser metaforizado para adquirir algum sentido pela linguagem?
Ao tomar as encenações dos masoquistas homens "fazendo-se bater pelo pai", "ser tratado como objeto do pai", Freud em nada designa a posição subjetiva de uma mulher na feminilidade. Ele apenas permite fazer uma equivalência imaginária entre estas práticas masoquistas e o que ele designa como o "papel" feminino na relação sexual, ou seja, o de objeto, já que vamos considerar que, na relação sexual, é o homem o desejante, como veremos a seguir.
Retomemos a conferência de 1932/33, "Ansiedade e vida instintual", na qual Freud retoma o "caráter demoníaco" relativo ao masoquismo, descrito como "a essência do ser feminino" e que, pela repetição, tende a vencer o prazer, tornando-se a expressão da fusão pulsional entre vida e morte, encontrado no masoquismo primordial. Na conferência seguinte, "Feminilidade", Freud reforça a "relação, particularmente constante, entre feminilidade e vida instintual", mais uma vez caracterizando o masoquismo como sendo "verdadeiramente feminino".
Como vimos, o masoquismo feminino pressupõe uma experiência clínica de Freud mais prolongada. Ele surge de forma paradoxal à medida que ele é dito feminino e, freqüentemente, encontrado nos homens, segundo as próprias palavras de Freud C1974[ 1924], p. 202). Lembremo-nos que ele conceitua o masoquismo feminino, formalizando-o na segunda tópica, quando a pulsão de morte eqüivale ao silêncio pulsional.
Freud recomendou, insistentemente, que não reduzíssemos o suplemento feminino ao masculino ou que considerássemos a busca de complemento masculino da castração, no feminino. Enfim, ele ensina a não reduzir o par masculino-feminino ao par antagônico atividade-passividade. As relações masculino-feminino não se esgotam nestas representações visto que, no encontro entre os sexos, entram em jogo os intervalos não representáveis do desejo. Desde os primeiros aportes à teoria freudiana das pulsões, "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade" (1905), a atividade e a passividade são concebidas apenas para recobrir e metaforizar o que resta de insondável na diferença sexual.
Permitimo-nos, ainda uma vez, retornar às premissas freudianas que sugerem uma metáfora: "ser espancado", ou ainda, "ser a mulher do pai", são substitutos de "ser amado". Como já dissemos, Freud caracterizou esta situação como regressiva. Trata-se de um "rebaixamento regressivo da organização genital" para colocar a fantasia "a serviço de uma excitação que envolva os genitais e encontrar saída (para a privação de amor e a humilhação, equivalentes ao ser es-pancado) por meio de um ato masturbatório" (Freud, 1974(1919],
p. 237). Nesta substituição, o que está em jogo é uma questão econômica que mostra, na gênese do masoquismo a subsistência inalterada do gozo. Embora tenha sido apagado da cena pelo recalque, o gozo é mantido na articulação fantasmática. Em Freud, esta substituição supõe uma regressão que, diversamente do recalque, introduz uma mudança real na organização significante - por ele chamada de genital - das relações do sujeito com o parceiro.
Podemos ler no ato masturbatório a premência do gozo. O recalque apaga da cena um desejo, conservando, na montagem gramatical da fantasia, as diversas inversões do destino pulsional, que não é outro senão o do gozo. A lógica da fantasia vem suprir a impossibilidade de uma subjetivação do sexo e a inadequação subjetiva em "ser o falo", ou seja, significar-se naquilo que falta ao desejo do Outro, fazendo do "ser" um semblante. Esta é outra maneira de dizer que a fantasia é uma fresta de uma janela aberta à realidade psíquica, cujo enquadramento defende o sujeito do real do gozo. Se o desejo do sujeito é apresentar-se ao desejo do Outro no objeto falaz recoberto pela imagem de si, então, podemos considerar todo desejo como masoquista.
Sob o regime do Nome-do-Pai, o sujeito masculino só tem acesso à mulher reduzindo-a a um objeto, tratando-a como um objeto erótico que precisa ser rebaixado ao objeto a, em sua vertente de condensador de seu gozo, para fazê-la funcionar como causa de desejo. No Seminário XX, Lacan diz:
Do lado do macho, o objeto a, o objeto que se põe no lugar daquilo que, do Outro, não poderia ser percebido. Na medida em que o objeto a faz alguma parte - e com um ponto de partida, um só, o do macho - o papel do que vem em lugar do parceiro que falta, é o que se constitui o que costumamos ver surgir também no lugar do real, isto é, a fantasia. (1982[ 1972/73], p. 86)
Assim, só é dado ao sujeito atingir o parceiro sexual, que é o Outro, por intermédio do objeto a, ou seja, por via da fantasia. A fantasia é a sustentação do desejo em relação ao conjunto significante, mas no qual o sujeito está dividido em relação ao objeto e ao significante Um.
Embora os romances de decepção feminina possam dar uma falsa impressão de consistência ao masoquismo feminino, o que existe de afinidade entre estas fantasias e a decepção é o gozo feminino, exterior às balizas fálicas, tomado pelo próprio corpo da mulher, à medida que o gozo concerne ao corpo. Assim, também podemos ler nas encenações masoquistas masculinas de ser chicoteado, amorda-çado, desonrado, etc, a expressão encarnada das metonímias e da deriva do gozo.
Apesar de escutarmos freqüentemente as mulheres se queixarem de receber "pancadas", bem significativas de amor, o próprio Lacan responde: "Nas relações entre o homem e a mulher, a idéia de que a mulher é alguém que recebe pancadas, pode muito bem ser uma perspectiva do sujeito masculino, na medida em que a posição feminina o afeta" (1999[ 1957/58], p. 257). Ele especifica a diferença, de um lado, entre a assunção da posição feminina de "objeto" ao qual uma mulher recorre para ser acolhida na fantasia de um homem e, de posição essencialmente feminina, em que "do lado d'A mulher barrada, é de outra coisa que não do objeto a que se trata, no que vem em suplência a essa relação sexual que não há" (1982[ 1972/ 73], p. 86).
Observamos, assim, que Freud e Lacan afirmam claramente que as mulheres não são masoquistas, senão na fantasia masculina. Já analisamos a fantasia, em especial a masoquista, construída para responder ao vazio estrutural no qual encontramos, já em Freud, a relação entre a mulher e a pulsão de morte. Ao trabalharmos o feminino, em Lacan, vamos considerar que há uma distância entre masoquismo, expressão de um resíduo pulsional que pode conduzir o sujeito ao pior, e a mulher que, para ele, "não existe".
O objeto a, equivalente ao efeito da privação feminina, por falta de simbolização que assegure a cópula, é fantasiado para ser buscado no Outro. Por meio de uma obediência incondicional ao Outro - o que pode parecer uma representação perversa masoquista -, o que o sujeito parece querer é explorar as versões do objeto inaudível, que Freud qualifica de pré-genital e Lacan formulará como objeto "a-sexual".
Esta redução ao objeto a da posição feminina e a detumescência fálica da posição masculina podem bem ter conduzido a esta falsa equivalência entre o masoquismo feminino e a feminilidade. No entanto, entre o homem e a mulher há o Outro, lugar da fala e da falta, para localizá-lo. Onde Isso fala, o corpo todo vibra, desde que acariciado pela demanda ao Outro ou do Outro. Trata-se do "ronronar" de "alíngua" (Ibid., p. 137), onde situamos os balbucios do traço simbólico.
Em "A carta roubada", Lacan relaciona a feminização do sujeito ao significante-letra que contém o feminino, conotado como "fora da lei":
O signo e o ser, maravilhosamente disjuntos, mostram-nos qual dos dois prevalece quando eles se opõem. O homem que é homem o bastante para enfrentar, até mesmo com desprezo, a temida ira da mulher sofre, a ponto de se metamorfosear, a maldição do signo de que a despojou. Porque este signo é justamente o da mulher, uma vez que ela aí faz valer seu ser, fundando-o fora da lei que continua contendo-a, por efeito das origens, em posição de significante, ou até de fetiche. Para estar à altura do poder desse signo, basta-lhe manter-se imóvel à sombra dele... (1998[1966], p. 35)
Esta abordagem será retomada alguns anos depois no ensino lacaniano em relação ao gozo. Lacan compara o amor ao Outro, ao eco de um amor ao velho Deus, tornando-o equivalente ao amor cortês, no qual o homem enraíza a fidelidade servil à dama, única possibilidade de sair "com elegância" da ausência da relação sexual, para atingir o gozo dos corpos (1982[ 1972/73], p. 94). Ao sublimar, na Dama, os desregramentos amorosos, nela introduzindo a proximidade à santidade, o amor masoquista torna a Coisa intocável, esvaziando o objeto feminino de toda substância real, o que lhe é característico. Enquanto a exaltação ideal visada na ideologia do amor cortês adquire o sentido de sustentar o prazer de desejar, o masoquista goza com sua posição ao se apresentar na cena degradante do desvanecimento derradeiro do símbolo, última oportunidade de encontrar uma nor-ma, de ser aceito como humano, sob a condição de se castrar. Ou seja, de fazer com que o falo, por meio da Dama exaltada na "proibição" seja promovido à condição de significante do desejo.
Aquilo que escapa à significação, instalando-se como silêncio de representação e que denominamos de pulsão de morte, localiza-se fora de qualquer erotização da relação simbólica. Deste mais-além, edifica-se a condição absoluta do desejo, ou seja, a emergência do incondicional abolindo a dimensão do Outro, no qual a pulsão sempre triunfa. Neste lugar, colocamos A mulher que, segundo Lacan, não existe.
Se, por um lado, o gozo feminino conota o vazio da existência no real, o masoquista insiste em nomear esse gozo construindo um cenário para alcançá-lo no Outro. Desta forma, o masoquista se faz objeto do Outro, para num pacto, fazer o Outro vibrar no lugar onde falta um significante, ou seja, onde o significante fálico porta a marca da falta, signo do gozo pulsional. Mas o que o masoquista também quer é elidir a castração. A mulher, por sua vez, dela se utiliza para localizar seu gozo que extravasa e não tem representação.
Após havermos percorrido os desenvolvimentos freudiano e lacaniano acerca da noção de masoquismo, podemos, resumidamente, dizer que a "essência do masoquismo" está na substituição de um gozo por outro, expressa pelas tentativas encenadas pelo perverso masoquista ao tentar fazer consistir o gozo no Outro.
A mascarada feminina, noção retomada por Lacan do trabalho clínico escrito por Joan Rivière, sob o mesmo título, aqui ganha todo o sentido. Esta falta radical feminina fará com que a mulher se ligue de alguma forma ao falo simbólico, seja buscando-o no corpo do parceiro, seja fazendo-se ela própria Outra para si mesma. Até mesmo a "mascarada feminina" (Rivière, 1979[ 1927], p. 7), que aparente-mente goza na posição de objeto, não tem a mínima vocação para a empresa masoquista. Com este recurso, o que ela vem é reclamar, no Outro, o significante do desejo. E neste sentido que a mascarada feminina se endereça ao simbólico. Querendo ser desejada e ao mesmo tempo amada pelo que ela não é, uma mulher está disposta a tudo sacrificar para ser o falo que, na "comédia dos sexos", adquire valor de semblante. Este é um véu erigido pela mascarada feminina para lidar com o Outro gozo, gozo excedente e suplementar ao gozo sexual e fálico. O semblante é um recurso do qual as mulheres se utilizam para recobrir a redução ao objeto a, ao qual se prestam para causarem o desejo de um homem.
Segundo Soler (1998, p. 214), entre uma mulher e o masoquista há uma grande diferença: uma verdadeira mulher goza deste extravio e, não necessariamente, recorre ao pacto perverso para se localizar como causa de desejo de um homem. O perverso masoquista, por sua vez, insiste em denegar esta fenda aberta, inserindo no Outro o gozo enigmático para nomeá-lo no falo. A fenda no Outro faz aparecer o Outro gozo, este gozo enigmático que o pacto ou o contrato perverso quer implicar um compromisso de consentimento pelo traço de possessão. Delineia-se, desta forma, a diferença estrutural entre o masoquismo perverso e o masoquismo feminino. Este último é expressão da deriva pulsional da qual extraímos o termo lacaniano "a mulher não existe". Esta fórmula é expressão da falta radical no Outro e se refere à alteridade feminina e, não apenas, ao gozo referido à falta fálica, à qual uma mulher também está referida.
Assim, destacamos esta fantasia nomeada de masoquismo feminino. "Entenda-se o que enuncio por masoquismo feminino, finalmente, o perfil de gozo reservado a quem entrar na modalidade do Outro, na medida em que esse Outro é o Outro feminino, ou seja, a verdade" (Lacan, "O objeto da psicanálise", lição de 9/2/1966, inédito).
Ao perguntar-se "o que quer uma mulher?", Freud descobre, sem enunciá-lo integralmente, o que da sexualidade feminina não pode ser concebido. Lacan o desenvolverá em sua noção de Outro sexo, como a alteridade absoluta que não se inscreve no Outro da linguagem. A "representação do Outro falta" (1979[1964], p. 182) entre os mundos designados pela sexualidade feminina e masculina.
O gozo propriamente feminino, gozo fora do significante, é irrepresentável e infinito. O feminino, neste sentido, é uma eterna invenção no suplemento, por não haver palavras desde sempre escritas para ele, como o masoquismo exemplifica. O feminino, em relação à expressão "a mulher não existe", não tem nenhuma vocação para o sentido, por se tratar de um discurso sem palavras.
E esta vertente que permitirá Lacan aproximar o real e a deriva pulsional à mulher e ao feminino. Ele considera o gozo feminino um a mais, a título de suplemento em relação à castração simbólica e ao falo. Sob a perspectiva de suplência, concebemos o gozo masoquista como tendo afinidade apenas aparente com esse gozo feminino, inerente à mulher e que se toma a si mesma, em seu próprio corpo, no lugar do objeto causa de desejo, ou seja, em termos de causa-sui. Enquanto o gozo do masoquista vai ao ponto limite da castração, o gozo feminino vai ao "incastrável".
A pulsão, à medida que opera entre gozo e castração, pode derivar-se no extremo da "dor", na "dor de existir". O masoquismo é a expressão maior do gozo do real, que jamais causa prazer. Empurra ao pior. E porque a dor ressentida, sob as profundezas da existência, oscila à deriva do gozo, visto que este se descarta de todas as formas de subsistência do ser.
Segundo Bousseyroux, em "As derivas do gozo" (2001), o que subsiste do encontro amoroso entre um homem e uma mulher, em particular, no ato de amor, é a demanda de amor. Esse autor recorre ao que Lacan explicita no seminário sobre "A angústia": o que é demandado, como destacou Bataille, é a "pequena morte". Na demanda de "fazer amor", há uma demanda de se fazer "a-morrer", equívoco significante permitido pela língua francesa, bem expresso por Lacan entre "amour” e "a-mourrir", e que também podemos reportar ao português: amor e a-morrer em relação ao orgasmo. E para aliviar esta demanda de "pequena morte", dela se separar, que o sujeito procura no orgasmo uma satisfação. "A demanda de a-morrer desaparece no orgasmo no mesmo instante em que o falo, a função fálica, como tal, se desvanece. Isto ocorre porque o orgasmo eqüivale à apreensão da pulsão no nível fálico" (Bousseyroux, 2001, p. 184).
O que ocorre com a deriva do "continente negro"? Se ousarmos saber até que ponto a deriva do gozo pode empurrar uma mulher, consideremos a obra-prima de Oshima, retratada no filme o Império dos sentidos. Este é um exemplo do extremo ao qual a demanda de amor pode conduzir uma mulher. A última cena em que a mulher castra, no amado, o órgão de gozo, retrata o extremo que uma mulher quer alcançar, para além do limite da castração. Neste ponto eclode o sinal da angústia que ela quer apagar para, mergulhando na castração, ela mesma apagar-se e derivar no gozo.
A personagem feminina quer atingir um ponto para além da detumescência fálica do orgasmo, ou seja, ela quer ir além, ir até o âmbito do desejo para alcançar o ponto no qual ela própria se possa fazer de castração, onde possa nela mergulhar. O que ela quer não é apenas o "menos-falo", onde ainda pode encontrar uma baliza simbólica, mas sua ultrapassagem além do limite extremo. Ela deseja o "incastrável", ou seja, o extremo do erotismo feminino. Com a aspiração de fazer da castração uma fantasia, ou seja, encenar a castração, a aposta da protagonista vai do pai ao pior, porque ela tem a única finalidade de aí se perder. E assim que o objeto da pulsão sadomasoquista, a voz, correlata, em relação ao Outro, ao balbucio, no "se fazer balbuciar", se corta e se destaca do corpo simbólico, pelo masoquismo, e se deixa cair em dejeto.
A partir de Lacan, o gozo feminino propriamente dito, fora da lei e do significante, é referido a um gozo ex-sistente. Somente pode ser enunciado por simulacros ou semblantes, não prescindindo da"versão do pai'", ou père-version. Talvez, por isso, tenha a aparência de um gozo masoquista, inerente a qualquer sujeito submetido ao significante e à linguagem. No entanto, o gozo feminino neles não se inscreve.